quarta-feira, outubro 31, 2007

The End7……. (: 2008




Chegou ao fim mais uma edição do DocLisboa. O festival de 2007 superou todas as expectativas. Visto ter aumentando, significativamente, o número de espectadores.
Mais de trinta mil pessoas passaram pelo festival, ao longo dos onze dias do evento.
Além do ambiente animado, destaque para alguns dos filmes premiados.
O documentário “These Girls” (2006) da egípcia, Tahani Rached, foi o grande vencedor do DocLisboa. Arrecadando o Grande Premio Cidade de Lisboa, para a melhor longa –
-metragem.
O filme debruça-se sobre o universo das adolescentes, algumas já mães, que vivem nas ruas de Cairo. A precariedade, os preconceitos e os perigos que estas jovens enfrentam, no dia-a-dia é o tema de reflexão em “These Girls”.
Outro dos premiados, “Three Comrades”, da holandesa Masha Novikova. Aborda a história de três amigos, unidos pelos laços da amizade, e que vêm essa ligação ser abalada pela guerra da Chechénia. Esse conflito perverso dos nossos tempos serve de mote para dissecar, os gravíssimos, problemas que afectam toda uma geração.
A nível interno, a competição nacional foi ganha pelo filme “ Era Preciso Fazer as Coisas”, de Margarida Cardoso. Um registro cinematográfico sobre a encenação, no Porto, de uma peça de Tchekov.
Para o ano haverá mais do mesmo. Sendo a qualidade algo a dar continuidade.
Pois, o DocLisboa é já um dos principais eventos da capital, que ganha cada vez mais visibilidade internacional.

Aqui fica a lista integral dos filmes premiados no festival.





COMPETIÇÃO INTERNACIONALGRANDE PRÉMIO CIDADE DE LISBOA para melhor longa-metragem [7.000 €]These Girls, de Tahani Rached, 66´ Egipto, 2006 PRÉMIO ADOBE para melhor primeira obra [4.000 €]A Father´s Music, de Igor Heitzmann, 105´ Alemanha, 2007 PRÉMIO JOHNNIE WALKER para melhor curta-metragem [3.000 €]The First Day, de Marcin Sauter, 20` Polónia, 2007MENÇÃO ESPECIAL para melhor curta-metragemThe Mall, de Yonatan Ben Efrat, 12´Israel, 2006
COMPETIÇÃO INVESTIGAÇÕESPRÉMIO RTP2 INVESTIGAÇÕES para melhor documentário de investigação [direitos de exibição na RTP2]Three Comrades, de Masha Novikova, 99´ Holanda, 2006
COMPETIÇÃO NACIONALGRANDE PRÉMIO TOBIS para melhor filme português longa-metragem [5.000 € em serviços de pós-produção e 15% de desconto em serviços de pós-produção quando ultrapassado o valor do prémio]Era Preciso Fazer as Coisas, de Margarida Cardoso, 52´Portugal 2007MENÇÃO ESPECIAL para melhor filme português longa-metragemConvicções, de Julies Frêres, 55´Portugal/França, 2007PRÉMIO SONY para melhor primeira obra portuguesa [3.000 €+ Câmara HD]A Casa do Barqueiro, de Jorge Murteira, 63´Portugal 2007
PRÉMIO TOBIS para melhor filme português curta-metragem [2.500 € em serviços de pós-produção e 15% de desconto em serviços de pós-produção quando ultrapassado o valor do prémio]& Etc, de Cláudia Clemente, 25´Portugal, 2007
PRÉMIO MIDAS para melhor filme português presente no festival [Distribuição e edição DVD]Era Preciso Fazer as Coisas, de Margarida Cardoso, 52´ Portugal, 2007As Operações Saal, de João Dias, 90´Portugal, 2007
PRÉMIO IPJ UNIVERSIDADES para melhor longa-metragem em competição internacional [1.500 €]He Fengming, de Wang Bing, 184´China, 2007
PRÉMIO IPJ ESCOLAS para melhor filme português [1.500 €]A Casa do Barqueiro, de Jorge Murteira, 63´ Portugal, 2007



BB

domingo, outubro 28, 2007

“Poetry and Human Feelings”


Podia dizer-te que o tempo urge, que o tempo escoa, que ele toma cada minuto como refeição de mais uma acção.
Porque rima com coação e com mortificação ou coisa que o valha.
O tempo mata-me o tempo para dormir, para amar, ou coisa que o valha, o tempo para,..., ou coisa que o valha.
O tempo, faz-me ver que o escuro no fundo do quarto está tão próximo como as luzes que invariavelmente deviam corar a vida enebriante que espero voltar a provar de novo um dia destes.
Nessa luz que sonho, vou poder perdoar todos os pecados, a quem não dança comigo no meio de toda uma alegria. Rendo-me à felicidade de uma urgente violência em querer e poder.
Sei que pontapeio o ar que respiro, em vigoroso compasso que encerra um ritmo só meu, cerro os punhos e no meu desejo carrego em contrição todas as amordaçantes vivências impostas. Agora posso abrir as mãos e libertar uma energia só minha, sinto os passos ganhar uma vida que me eleva acima da realidade.
Só então me rio furiosamente, que o riso lacinante libertado pela minha voz ecoa e ensurdece quem quiser.




xeltox
TC


ao som de Benjamin Biolay “La penombre des Pays-Bas”

quinta-feira, outubro 25, 2007

GGP.Magazine Nº1










No proximo sabado grande estreia na GGP.TV de Kill Bill Bunnies Theather Troupe.
A não perder....!!!







A grande aposta da GGProduction em produção nacional vai aumentar. Correm rumores entre a concorrencia que já está a ser ultimada uma grande novela ou serie que poderá estrear brevemente!!!








Em rigoroso exclusivo à GGP.Magazine TC revela-se extremamente emocionado com o seu post de estreia: "Estou muito emocionado!...ou pelo menos fizeram-me acreditar que sim!"







GG

terça-feira, outubro 23, 2007

1408





Numa era em que cada vez menos vemos bons filmes de terror, em que tudo se baseia em violência, sangue e o mesmo roteiro de filme, a típica família que sai da cidade e vai para o campo e a casa está assombrada, numa era em que o terror psicológico acabou, eis que finalmente nos surge um filme que muda por completo o rumo de tudo o que até agora se tem feito, principalmente ao que se refere a filmes americanos.1408 É um filme do sueco Mikael Hàfstrom, conta com as participações de Samuel L. Jackson e de John Cusack é desde o Ju-hon o filme de terror mais brilhante que eu já vi.John Cusack é Mike Enslin um escritor com varias problemas sentimentais, desde a sua mulher a sua filha, e uma desordem psicológica fora do comum, desde a alguma parte que fica em hotéis, pensões que dizem ser assombradas tentado a todo o custo provar o contrario, na infame esperança de algum dia ver algo mesmo fora do normal.O filme desenrola-se quando este recebe um carta a alerta-lo para não ficar no 1408, após alguma investigação descobre que o director do hotel Dolphin não permite ninguém hospedar-se nesse quarto a alguns anos, sobre pena de todos os que lá entraram terem morrido, o quarto regista cinquenta e muitas mortes.Após isto e uma longa conversa entre ambos, e uma negra visão de tudo o que se passou lá dentro o mediático escritor decide permanecer no quarto, é este o ponto de viragem para todo o uma história arrepiante, o quarto vai brincar com a mente, vai explorar os medos das pessoas, alguns que podem ser nossos e com os quais nos podem afectar, conseguirá Enslin sobreviver impune a experiência de enfrentar os seus próprios receios? Será o quarto verdadeiramente assombrado? Ou será apenas uma partida da mente?O filme baseado no conto de do mestre do terror Stephen King peca apenas na realização, pois o subconsciente humano é muito mais confuso e negro do que aquele que a realização demonstra, a escolha das cores não foram as melhores e as imagens quase sempre nítidas faz com que o filme perca um pouco do misticismo presente no conto, mas o grande problema reside no final do filme, é muito controverso, para alguns genial para outros a derrocada total de um filme que até estava muito bom. Mas isso não me compete a mim agora ajuizar mas sim aos caros leitores, depois de verem o filme.








JG

O Alquimista de Gotemburgo




E da Suécia surge uma pérola suave e harmoniosa para nos traduzir a felicidade ou a procura dela. Após o sucesso alcançado por bandas como os “I´m From Barcelona”; “El Perro Del Mar”; encabeçados por um dos grandes mestres, da Pop actual, Jens Lekman.
Do país dos ABBA e de Ingrid e Ingmar Bergman. Vindo ao mundo cantar ou entoar as boas novas da música Pop. Deparamo-nos com o projecto de Mikael Carlssons, one man project de “The Honeydrips”.
“Here Comes The Future” é o primeiro rebento do artista. Crismado por uma forte melodia electro-pop e canções puxadas de sentimentos líricos. Sem darmos conta entramos no mundo fantástico que não a realidade do dia-a-dia, onde o tempo urge e nada se admira. Em “Here Comes The Future”admiramos tudo o que nos rodeia e tudo o que está para além da nossa alma.
Outra das coisas boas do álbum é a reinvenção de novas e divergentes sonoridades. Que vão construindo o ambiente das predestinadas canções que nos embalam.
“Here Comes The Future” é uma brisa de ar fresco num mundo demasiado conspurcado. Um álbum para se ouvir até a ultima nota musical.





BB

Viva las Vegas, Viva las Vegas ou Viva Viagra……….



A musica Viva Las Vegas que Elvis Presley imortalizou num filme seu de 1964. E que por vezes é reintegrada em bandas sonoras de certos filmes como é o caso do sublime “The Big Lebowski”, dos irmãos Coen.
Foi reescrita como Viva Viagra para um anúncio de televisão norte-americana.
A melodia é a mesma, só muda o refrão.

Viva Viagraaaa, viva Viagraaaaaaa, vivaaaaaa, vivaaaaaaa, Viagraaaaaa………….


BB

domingo, outubro 21, 2007

“Poetry and Human Feelings”

Sabes, ao menos onde te levam os passos?
Já sabes que a dor é tão efémera como a verdade mais pura, tão igual à morte por ti esperada, como à minha vingança tardia de todos os dias em que chego embriagado de tanto menosprezar a verdade.
Sabes, ao menos onde te levam os passos?
Sabes ao menos que por detrás de cada sorriso se esconde uma faca, mortinha por te atravessar a pele alva e impoluta. Sou eu que empunho a arma com que te ei-de matar, ainda não tenho razão aparente para o fazer. Por certo a vida escolherá, por mim, uma maneira lúcida e desculpavel.
Junto-me a todos e num halo me escondo na multidão, da multidão. Sozinho, fujo bem rápido, que o rasto de sangue já secou, por falta das lágrimas que derramei pela vida fora. Agora que não as derramo, tenho só tempo para ouvir os meus passos longe de mim próprio, já não conheço os contornos da minha face, por isso é igual que tivesses gritado naquele segundo em que te beijei, naquele segundo em que a lamina se tornou obvia dentro de Tí, foi-me igual!
Vocifero, assim só junto a mim a voz de mim mesmo e descubro que a identidade é algo tão vago como a verdade que distingue a morte da vida.





xeltox
TC

“Poetry and Human Feelings”




E porque o Domingo é um refúgio doce e fugaz que choca com desassossego dos dias da semana. O Review decidiu abrir uma secção diferente que abordará os trilhos da poesia.
Ensaio, jogo de palavras, uma mensagem subliminar, sentimentos bravios e soltos.
“Poetry and Human Felings”, contará com a presença, particular, do convidado do Review, Tiago Candeias. Que assinará os seus textos, sob a égide do pseudónimo, Xeltox.
Esperemos que apreciem e desfrutem dos sentimentos declarados, ao sabor das horas de descanso e lazer dos nossos Domingos.





GGProduction

sábado, outubro 20, 2007

Festival de banda desenhada da Amadora




Iniciou-se ontem a 18º edição do festival de banda desenhada da Amadora com o tema “Maioridade”.
Em destaque na sua programação para este ano o festival apresenta as dez melhores BD´S do século XX ( Tintin , Batman , Asterix , Krazy Kat , Corto Maltese entre outros) , uma homenagem de diversos autores a Uderzo , a obra de Miguel Rocha e João Cotrim “Salazar , agora na hora da sua morte” e os espaços para as novidades editoriais e lançamentos de novas obras de autores portugueses.
Mantendo-se este ano no Fórum Luís de Camões o festival ficará entre nós até ao dia 4 de Novembro.




GG

Ratos e homens

Ratos e homens, foi publicado em 1937, este livro de John Steinbeck conta a história de dois homens que vivem de trabalhos da terra. Contundo devido a derivadas peripécias nunca se aguentam demasiado tempo no mesmo sítio, adiando assim o sonho de ter a sua própria quinta. As personagens são algo cómicas, e o livro desenrola-se nesse aspecto durante algum tempo, principalmente em Lennie o mais cómico dos dois, contudo a evolução do livro e da historia faz com que esta mesma vá ficando mais seria, retratado o simbolismo da amizade, e a linha ténue que há entre dois amigos, o diálogo e o respeito pela vida seja ela de homens ou de ratos são os elementos finais deste livro. Surpreendente, cómico e dramático.











JG

sexta-feira, outubro 19, 2007

Lisboa invadida pela festa do documentário





Começou ontem (quinta/18) mais uma edição do DocLisboa. Festival que incide a sua atenção a essa forma de fazer cinema, através do documentário. Sendo esta a quarta edição do certame.
O DocLisboa propõe-nos durante 11 dias, a visualização exclusiva sobre o que de melhor se tem feito nesta área nobre do cinema. E que cada vez mais impõe a seu cunho, desbravando novos caminhos na 7ºarte.
Devido ao sucesso das anteriores edições. A direcção do DocLisboa estabeleceu como objectivo primordial, dar continuidade ao trabalho preconizado até agora. Com metas estabelecidas e bem claras. O DocLisboa pretende elevar o papel do documentário, transformando-o num veículo de consciencialização cívica e de transmissão de mensagens importantes à sociedade. Para tal conta com uma adesão forte do público que tem vindo a aderir, gradualmente, ao festival.
A edição de 2007 permitirá ao espectador a visualização de filmes de relevo, premiados internacionalmente. Mas que ainda não tiveram a sua estreia em Portugal.
Noutro campo o DocLisboa pretende mostrar o trabalho de países diferentes, no que respeita a temáticas e novas abordagens de filmagem de documentários.
A sua programação contará ainda com a realização de debates, estando previsto a realização de um fórum, que mobilize o publico, realizadores e convidados. Desafiando-os a abordarem os filmes vistos durante o festival.
Fazendo o convite à reflexão e discussão sobre o estado do mundo e a situação do cinema documental contemporâneo.
Os bilhetes para as sessões poderão ser adquiridos nas bilheteiras da Culturgest, Cinema Londres e Cinema São Jorge.



Bons documentários, boas viagens filmicas.





Programação do DocLisboa

[CI] COMPETIÇÃO INTERNACIONALSelecção de filmes (longas e curtas metragens) de todo o mundo, produzidos em 2006 ou 2007.[I] INVESTIGAÇÕESSecção competitiva com uma selecção de filmes de todo o mundo, explorando em profundidade temas da actualidade social ou política.[P] COMPETIÇÃO NACIONALSecção competitiva com filmes de produção e/ou realização nacional, concluídos em 2006 ou 2007.[DF] DIÁRIOS FILMADOS E AUTORETRATOSComissário: Augusto M. SeabraA vida privada, por vezes íntima, dos realizadores está ligada ao cinema desde os seus primórdios: my life as a film. Esta retrospectiva é uma oportunidade única para rever clássicos e raridades. Do cinema independente aos grandes monumentos do documentário.
[VN] VENTO NORTEPanorama da recente expansão do documentário no Norte da Europa (Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia). Aclamados em festivais, os filmes nórdicos surpreendem ora pela qualidade formal, ora por um humor insólito. Em colaboração com Filmkontakt Nord.
[RE] RISCOS E ENSAIOSSecção vocacionada para debater a forma e a escrita dos filmes, em particular obras arriscadas, que se situam na fronteira entre o documentário e a ficção, diálogo tão antigo quanto a história do cinema.[LK] RETROSPECTIVA LECH KOWALSKILech Kowalski, realizador de origem polaca e cidadania inglesa, é uma figura maior do cinema underground americano. Os seus filmes são, desde o início, uma observação das margens, um encontro com outsiders. Filmou os bastidores do cinema pornográfico e foi testemunha do apogeu e queda do punk. Registou a década de 70 em Nova Iorque como poucos e as suas obras têm no centro um panteão de rebeldes.Mais informação: http://www.extinkt.com/[SE] Sessões EspeciaisAs mais recentes obras de alguns grandes nomes do documentário (Rithy Panh, Frederik Wiseman e Spike Lee), a antestreia nacional de Sicko, o último filme de Michael Moore e de Zidane, de Douglas Gordon e Philippe Parreno. Destaque também para duas sessões sobre o documentário angolano (colaboração com o Instituto Angolano de Cinema) e para a apresentação de dois filmes de Margarida Gil e João Botelho sobre grandes escritores portugueses.[MD] MaratonadocConcentrada num único dia, a Maratona é a grande festa de despedida do festival. Na sala 1, o dia começa cedo com A Taxi to the Dark Side e termina de madrugada com o filme-biografia sobre Marlon Brando. Na sala 3, dois filmes de culto (Warhol de Ric Burns e Diary de David Perlov) ocupam quase dez horas de projecção.





BB

A Brava Dança dos Heróis do Mar






O documentário “ Brava Dança”de Jorge Pereirinha Pires e José Pinheiro vai ser exibido esta noite por volta das 11.25, na incomparável RTP 2. O filme propõe uma viagem ao universo de uma das bandas mais emblemáticas da história da música portuguesa,”Os Heróis do Mar”.
Formados em Marco de 1981,”Os Heróis do Mar”, foram uma lendária banda Pop-Rock. Que sempre se destacou pela inovação, quer fosse a nível musical, de imagem ou de mensagem. Compostos por Paulo Pedro Gonçalves (guitarra); Carlos Maria Trindade (teclas); Tozé Almeida (bateria); Pedro Ayres de Magalhães (baixo) e Rui Pregal da Cunha (voz).
Muitas são as pessoas que o dizem «O futuro da musica Pop portuguesa começou há 26 anos quando “Os Heróis do Mar” editaram o seu primeiro álbum, homónimo e editado pela (saudosa) Polygram e apareceram com a força de um conceito global em que a musica era apenas uma das peças do puzzle».
Decorriam ainda os ecos da Revolução dos Cravos. Portugal era um “velhinho país novo”, iluminado pela esperança que a ditadura lhe tinha espezinhado.
Porem a população mais nova, a juventude em si queria deitar tudo para trás das costas e seguir em frente rumo a um Portugal moderno. O futuro era já ali ao virar da esquina.
“Os Herois do Mar”edificaram os primórdios, verdadeiramente importantes, da cena Pop em Portugal. Partiram deles os primeiros passos que abririam portas, em massa, a outras bandas, no futuro.
Mas o sucesso teve as suas tempestades e tormentas. Inicialmente e inclusive num certo período de tempo, a banda era olhada e descrita por certos sectores da sociedade como neofascistas. Isto devia-se às letras da banda que glorificavam o antigo império e as façanhas e heroísmos dos descobrimentos portugueses. Por outro lado as suas posses e uniformes de ar militar, levavam a que algumas pessoas acreditassem nessa ideia.
Porem não passava de um pensamento errado. Lá fora a liberdade semiótica, levava a que outros grupos já o tivessem feito (veja-se o caso dos Joy Division). O nome da banda inglesa derivava de uma força especial criada pelo regime nazi em que mulheres robustas e esbeltas eram seleccionadas, premeditadamente, para terem relações com o sexo masculino com idênticas características. E no fundo os Joy Division eram tudo menos fascistas ou nazis.
Depois continuariam com a provocação quando formaram os New Order, ou seja, a Nova Ordem. Isto não é mais que uma atitude vanguardista e gozadora de quem se está pouco marimbando para o que os outros pensam
Foi algo semelhante, mas com um espírito único que “Os Herois do Mar” procuraram fazer e fizeram-no no seu melhor. Eles queriam apenas cantar em Português e expressar a cultura e a história de Portugal.
Houve uma altura em que corria a ideia de que “Os Herois do Mar” não podiam actuar a sul do país. A verdade é que o boato ou lenda se confundiu um pouco com a realidade. Porem essa ideia dissipar-se-ia na mente de todos os portugueses. O sucesso e o reconhecimento geral veio com musicas como Paixão; Saudade, Dança Brava, Só Gosto de Ti; O Inventor, verdadeiros hinos radiofónicos.
Banda vanguardista que explorava a cultura portuguesa como nenhuma banda o fez até hoje.

«Era uma enorme mistura de referências: a Historia de Portugal, as sagas de aventuras japonesas, o Thor e o Balder_ não o da mitologia nórdica, mas o da Marvel Comics!» Rui Pregal da Cunha (vocalista dos Heróis do Mar)






BB

quinta-feira, outubro 18, 2007

FRENTE A FRENTE * Radiohead - In Rainbows





Aqui esta o novo álbum dos Radiohead, chama-se In Rainbows e as dezoito músicas que o compõem estão disponíveis no site oficial da banda, onde os fás pagam o que entendem que devem pagar ou mesmo se devem pagar para o adquirir, a edição nas lojas trará muitos extras desde um vinil a um DVD que custara nada mais nada menos com 40 libras ou seja por volta de 60 euros, mas por agora podemos apreciar já as novas grandes músicas dos Radiohead,Quando começarem ao ouvir e acharem que o álbum se assemelha ao amnesiacc é puro engano. É verdade que as primeiras duas músicas não são aquilo que esperávamos deles, a 15 Step e a Bodysnatchers estão muito aquém da magnificência da banda, mas acaba por aqui a menor inspiração da banda. Pois o resto do álbum até a decima música, Nude, Weird Fishes, Faust Arp, Reckoner, House of Cards, Jigsaw Falling Into Place e Viodeotape são extraordinárias, rock aliado a violinos e violoncelos entre outros instrumentos que fazem toda uma orquestra. Com especial destaque para as Faust Arp, House of Cards e Jigsaw Falling Into Place. As restantes oito músicas oscilam em três fases, o banal em músicas como MK1, Go Slowly e MK2, passando depois para um estilo mais alternativo e bastante melhorado como o que esta presente nas músicas Last Flowers, Down is the New Up, Bangers and Mash e culmina com o génio dos Radiohead ao mais alto nível em Up on the Ladder decima sexta música do álbum e 4 Minutes Warning a fechar o álbum onde podemos ouvir Tom ao piano e a cantar, com Colin a tocar guitarra acústica, Ed a tocar pandeireta e o John a mandar trancadas na guitarra eléctrica.Com isto não podemos nunca dizer que o álbum dos Radiohead é mau, muito pelo contrario, esta banda há muito que não sabe fazer nada mal, mas não é um álbum consistente, pois damos connosco a perguntar-nos quando chega a Faust Arp ou a House of Cards e a Jigsaw Falling Into Place ou até mesmo ansiando pelo final do álbum para ouvirmos a Up on the Ladder e a 4 Minutes Warning.Posto isto apenas vos posso desejar uma óptima sessão de música na companhia dos Radiohead e o seu novo álbum in Rainbows.










JG








Os Radiohead não lançaram só um disco. A forma de lançamento de In Rainbows pode muito bem ter iniciado uma revolução na forma como a música vai chegar aos nossos ouvidos no futuro. A disponibilização on-line (legal) de discos não é novidade mas quando é uma banda com o estatuto dos Radiohead a fazê-lo o caso muda de figura.
As ondas de choque desta iniciativa estão a finalmente a acordar as editoras para a necessidade de se adaptarem à realidade e encontrarem novas formas de distribuição.
Vamos seguramente ter outros artistas a optar por formas semelhantes de lançar a sua música. Até porque já se sabe que pelo menos 1 milhão de pessoas fizeram download do disco, no site oficial da banda, nos primeiros dois dias. Houve seguramente quem não pagasse mas também quem pagasse (e bem). Basta comparar este lucro com o (não) lucro do lançamento do disco anterior Hail to the Thief, que”vazou” na Net um mês antes do lançamento oficial.

Mas, falando apenas de música, que tal é In Rainbows? É bom, muito bom. O melhor disco dos Radiohead desde KID A e o mais belo conjunto de canções que alguma vez fizeram.
Nota-se uma maior descontracção e leveza na banda em temas quase de “fim-de-tarde-de-verão” como Faust Arp, Reckoner e a lindíssima House Of Cards.
Thom Yorke continua, mesmo assim, com as suas visões negras e apocalípticas (“I get eaten by the worms / And we’re fishes” na genial Weird Fishes/Arpeggi) apesar de regressar também aos pequenos e simples dramas do dia-a-dia, que tão bem descrevia em The Bends ( “I don’t want to be your friend/ I just want to be your lover”, em House of Cards).
Somos ainda brindados com Nude, a musica que os Radiohead tinham guardada desde os tempos do seminal OK Computer, que é de uma beleza arrepiante e podia ser do Scott Walker se ele ainda fizesse musica (perdoem-me os fãs de The Drift), não esquecendo a a rockeira Bodysnatchers e os seus riffs Sonic Youth.

In Rainbows revela uma banda em grande forma musicalmente (com apoio de deliciosas secções de cordas), sem nada para provar e sem a pressão de fazer obras-primas.
Já fizeram.
Contentemo-nos agora com discos muito bons da banda mais importante da actualidade.







JR

quarta-feira, outubro 17, 2007

MONTY PYTHON’S FLYING CIRCUS






Há edições em DVD que são imperdíveis. E depois há “A Colecção Completa do Monty Python Flying Circus”, que é vergonhoso, criminoso até, não ter.
Em quatro séries, 45 episódios, emitidos pela venerável BBC entre 1969 e 1974, esta trupe revolucionou por completo tudo o que se entendia por “televisão” na altura. John Cleese, Graham Chapman, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin e Terry Gilliam são os pais, mães, avós de toda a comédia que se fez dali para a frente. Os Monty Python são, portanto, os Beatles da comédia.
Passo a explicar porquê: o genérico tanto passava no inicio como a meio ou no fim do programa; os sketch dispensavam a clássica “punch line” e interligavam-se uns com os outros; apareciam recorrentemente nos episódios personagens como o cavaleiro medieval e o seu frango; abatiam-se sobre as personagens mais ridículas martelos gigantes ou um peso de 16 toneladas; havia Ministérios de Maneiras Ridículas de Andar ou de Não Ouvir as Pessoas; papagaios mortos; inquisidores espanhóis; lenhadores efeminados; lojas de queijo sem queijo; cartoons e talkshows com animais e, claro, spam, spam e spam. E (milhentas) outras coisas.
Junto agora alguns adjectivos para classificar a série: inovadora, desconcertante, inteligente, inesperada, anárquica, hilariante e sempre, mas sempre, genial. Até nos “tiros ao lado” os Python revelavam essa genialidade pois percebe-se sempre uma vontade desmesurada de inovar e brincar com as convenções. Nada era sagrado. Nem religião, politica ou autoridade. Na BBC. No inicio da década de 70…

Já lá vão mais de trinta anos mas ainda é “A” série de comédia.

Preciso de dizer mais?

“Say no more, say no more!
Nudge, nudge…”








JR

Guillemots com novo album






Os Guillemots encontram-se reunidos em estúdio, a prepararem as gravações para o novo disco. A banda avança com o mês de Março do próximo ano, como data de lançamento do segundo álbum de originais. Está assim á vista o sucessor de “Through The Windowpane”.
Segundo Fyfe Dangerfield, vocalista e front-man dos Guillemots, revelou um pouco o véu. Dizendo que o novo álbum terá um ritmo maior e algo de electrónica.
Aguardemos então o seu lançamento.
De referir que os Guillemots passaram por Portugal este Verão no Festival Sudoeste.
Para quem não estiver familiarizado com a banda, pesquise os arquivos do blog de Julho de 2006 que encontrará um texto escrito aqui pela malta do burgo.







BB

terça-feira, outubro 16, 2007

LADIES AND GENTLEMAN……… Mr. Manchester, Tony Wilson




Agora que voltamos em força ao nosso blog. Estava na altura de escrever a título honorífico, sobre esse Grande Senhor da cena musical da deslumbrante, “Madchester”. E que deu a conhecer ao mundo bandas como os imortais Joy Division (mais tarde dariam origem aos New Order); The Durutti Column, A Certain Ratio e os tresloucados e fantásticos Happy Mondays, e não ficou por aqui. Fundou a famosa editora “Factory Records” e a exuberante nightclub “La Hacienda”. Colocando Manchester no centro de uma revolução avant-gard que iria marcar, visceralmente, a cultura Pop e musical para sempre.
Obviamente, falamos de Tony Wilson, que nos deixou em Agosto deste ano.
Imortalizado no filme brutal de Michael Winterbottom, “24 Hour Party People”. É um registo cinematográfico, extraordinário, que retrata a época em que ocorreram todas as movimentações e transgressões que iriam por em causa o “Statu Quo” vigente. O Punk emergia dos cantos mais recônditos das terras de sua majestade. As convulsões sociais chegavam a todas classes, de alto a baixo. Impunha-se uma renovação de valores que tirassem a Grã-Bretanha do impasse, fomentado pelos velhos e caducados valores políticos e sociais.
Ao mesmo tempo ocorria outra revolução a nível musical. Que se encontrava num hiato entre as sonoridades do passado e a emergência de novas bandas, com novas sonâncias, atitude e mensagem.
Por vezes há que estar na altura certa no momento certo e prosseguir a sorte que sempre sorri aos mais audazes. E foi isso que Tony Wilson soube fazer melhor que ninguém.
O filme prossegue mostrando-nos todos os passos de Tony Wilson, ao longo da sua carreira. Desde os primórdios, quando trabalhava como repórter no Granada Television, onde dirigia o programa de música alternativa “So It Goes” e o invulgar e demasiado á frente para o seu tempo “The Other Side Of Midnight”. Um programa que mostrava personagens bizarras e factos sem qualquer espécie de relevância que se transformavam no seu programa e ganhavam contornos de grande magnitude.
As artes no geral, a música alternativa e a literatura também tinham o seu lugar de destaque, como sempre.
Os dados estavam lançados e a próxima jogada de mestre seria a criação da editora Factory Records, onde imperava a seguinte lei: “As bandas têm a liberdade criativa total, sem qualquer ingerência da parte da Editora”. Os dividendos financeiros seriam igualmente repartidos entre as bandas e a Factory Records
Mais tarde viria “La Hacienda” que seria a Meca de todos aqueles que gostavam da música alternativa. Mudando e reinventando-se ao longo do tempo, dentro da própria cultura, os hábitos musicais. Fazendo aparecer como figura de destaque o dj em primazia das bandas. Alterando, inclusive, os hábitos noctívagos. As massas aderiram em força. Tudo tomou proporções titânicas. O pior e o melhor acabou por chocar. O consumo de drogas novas que substituiriam o álcool e o acid-house que tomaria o lugar da musica Pop. Tudo isto e muito mais encontramos no filme. Que é quase um registo biográfico fidedigno da vida espantosa de Tony Wilson.
Enfim Tony Wison era um poço de energia e visão. Tudo o que tocava e desejava, rapidamente ganhava uma nova alma. Tony Wilson contribuiu, como poucos, para tornar o nosso mundo um sítio melhor para se viver.
Perseguiu um sonho e com ele não veio o dinheiro. Pois os seus projectos eram demasiados megalómanos e estavam sempre anos-luz à frente do seu tempo. Contudo ele ganhou o seu espaço no panteão da cultura Pop e música alternativa. Por isso tocou o céu e ganhou os amigos e a nossa admiração. Aqui fica o nosso abraço para o Mr. Manchester, um verdadeiro Senhor e Primus Inter Pares.


Post-scriptum:

Este texto é dedicado a um grande amigo meu, o Miguel, que gostava de cinema e música alternativa. Reservado mas afável, amigo do seu amigo. O trato que tinha connosco era algo de sublime, devido a sua calma única e a maneira como estava na vida.
Sempre trabalhou no mundo ligado à cultura. Quer, fosse nos organismos estatais ou em projectos particulares. Sempre pautou a sua vida pela procura e descoberta do diferente. E de tudo o que tivesse a beleza necessária para nos arrebatar da realidade estrutural, mecânica e opressiva da nossa sociedade.Onde quer que estejas Miguel um grande abraço………. a gente vê-se na outra vida.








BB

sábado, outubro 13, 2007

Musica Perfeita…… para arrebatar festas em casas desconhecidas ou incógnitas






E se em vez das mãos……. Tivéssemos um gancho como o pirata e vilão do Peter Pan.?! Terá sido esta a questão colocada pelos “We All Have Hooks for Hands”, aquando da sua formação?!
Oriundos dos Estados Unidos, nomeadamente, de Sioux Falls, no estado Dakota do Sul. “We All Have Hoooks For Hands” surgiram este ano no mundo da blogosfera e rapidamente conquistaram o seu espaço no panorama musical da Indie Pop.
Banda composta por nove elementos. Todos rapazes e na casa dos vinte e poucos anos. Assinaram contrato com a editora Afternoon Records e num ápice lançaram o seu primeiro álbum “The Pretender”. Em boa hora o fizeram.
Sendo um álbum em tons de Folk, Pop e muita festarola. Que facilmente, cativa a alma e entra pela nossa cabeça, a dentro. Desde a primeira vez e sempre que o escutamos que não paramos de dançar ao ritmo contagiante da sua melodia. Não fossemos bem servidos, à entrada, com os temas “Music Which Feeds The Guests”, seguidos do festivo “Jumpin Jean-Luc”. Talvez fossem mais uma banda Indie que nos passasse ao lado. Contudo não é esse o caso. Muitas guitarras, trompetas, algumas palmas, ferrinhos, bateria, os refrães contagiantes, o baixo desconcertante e o som castiço das teclas….Enfim toda uma panóplia de musicas e sonoridades capazes de deliciar o gosto mais apurado.
A sua música encontra-se em certos momentos com o som de bandas como uns “The PolyPhonic Spree”, “Clap Your Hands Say Yeah”, “Shout Out Louds”, inclusive, recordam a boa disposição e pureza dos primórdios dos Belle & Sebastian.
Uma banda a seguir atentamente e esperar para que possam vir a Portugal, a um Paredes de Coura ou num SuperBock/Rock













BB

quarta-feira, outubro 10, 2007

Goldfrapp com novo album em 2008





Os Goldfrapp, banda liderada por Alison e Will, estão segundo o site oficial da banda no Reino Unido a ultimar o sucessor de Supernature (ainda sem nome) e que deverá esta disponível em 2008.







GG

terça-feira, outubro 09, 2007

Trinity Blood






O armageddon…o mundo como o conhecemos nos dias de hoje já não existe, encontrando-se divido em dois: no domínio do Vaticano e no domínio dos Vampiros.Os humanos alimentam-se dos animais e os vampiros alimentam-se dos humanos, nesse caso, deverá existir alguém que se alimente do sangue dos vampiros. A resposta é: Crusnick, vampiros que se alimentam do sangue de vampiros.Num mundo pós-apocalíptico, com um domínio ambíguo entre Humanos e Vampiros, Trinity Blood é uma série que mistura esses eventos num estilo clássico, fazendo desta uma das séries mais belas em aspecto gráfico e das mais originais, pelo argumento.O Padre Abel Nightroad encontra-se ao serviço do Vaticano, integrando uma equipa de elite que combate vampiros que quebrem os tratados de paz existentes.Numa demanda para proteger o Vaticano e, também, para resolver os dilemas do seu passado, o Padre Abel Nightroad, libertará os seus poderes, como o último Crusnik ainda vivo…Está é uma das séries mais espectaculares e emocionantes que, jamais, foram criadas, aliando de forma soberba aspectos clássicos num mundo pós-apocalíptico. Alguns dos momentos que ficam na memória são as transformações de Abel Nightroad, ou as suas batalhas contra as temíveis forças da inquisição.Poderia ter sido uma das melhores animes de todos os tempos, porém, a morte do seu jovem autor aos 33 anos, impediu que a série progredisse, tendo-se ficado pelos 24 episódios, que não são suficientes para desvendar todos os segredos desta série, deixando todos os seus fãs com uma sensação de amargo, por não poderem ver o fim desta impressionante série.








JG

SUPERBAD (Super Baldas)




Depois do "Frat Pack" de Ben Stiller, Will Ferrel, Owen Wilson e restantes acólitos ter salvo a comédia americana da última década, faltava quem continuasse o trabalho. Judd Apatow parece ser o homem certo. O criador da excelente série “Freaks & Geeks” (passou por cá na Sic Radical) levou a comedia indie às massas com “Virgem aos 40” e “Knocked Up” (grande sucesso nos EUA que vamos ver em breve nas nossas salas). Neste “Super Baldas” é apenas produtor, mas a mistura de comédia desbragada com sentimento que explorou nos últimos anos está bem presente neste filme escrito por Evan Goldberg e Seth Green (a estrela que nasceu com “Knocked Up”).
Dois amigos, Evan e Seth (Michael Cera e Jonah Hill), estão a acabar o liceu e vão para faculdades diferentes mas aquilo que verdadeiramente os preocupa é o sexo. Mais precisamente a falta dele, pois são os dois virgens. Mas eis que surge a grande oportunidade de alterar essa situação com uma festa em casa da rapariga dos sonhos de Seth. O plano dos dois amigos é simples: comprar álcool para embebedar miúdas e levá-las para a cama. O problema é que não têem idade legal para comprar bebidas. A solução está nas mãos do cromo Fogell que tem um BI falso (com o extraordinário nome de McLovin, apenas, sem apelidos…).
O filme relata a verdadeira aventura destes amigos em busca de álcool e de chegar a tempo à tão ansiada festa. As cenas hilariantes sucedem-se, desde o encontro com os polícias mais incapazes até à festa de arruaceiros onde vão parar, bem como as piadas escatológicas envolvendo flash-back da obsessão de infância de Seth por pénis (!) e uma arrepiante cena de dança (duas palavras: fluxo menstrual).
Mas a grande qualidade do filme é que para lá de todos os palavrões e fluidos corporais se esconde uma tocante visão do fim da adolescência. Seth e Evan temem perder a sua amizade com as mudanças que se avizinham e a relação dos dois é-nos mostrada com uma sensibilidade e melancolia raras neste género de filmes. Fica um travo de “fim-de-festa” depois da louca festa que é este “Super Baldas”. Todos nos podemos rever nestes personagens se soubermos ver para lá dos risos. É, por isto, a melhor comédia dos últimos anos.
Quando a puderem ver, não se “baldem”.











JR