quarta-feira, outubro 17, 2007

MONTY PYTHON’S FLYING CIRCUS






Há edições em DVD que são imperdíveis. E depois há “A Colecção Completa do Monty Python Flying Circus”, que é vergonhoso, criminoso até, não ter.
Em quatro séries, 45 episódios, emitidos pela venerável BBC entre 1969 e 1974, esta trupe revolucionou por completo tudo o que se entendia por “televisão” na altura. John Cleese, Graham Chapman, Eric Idle, Terry Jones, Michael Palin e Terry Gilliam são os pais, mães, avós de toda a comédia que se fez dali para a frente. Os Monty Python são, portanto, os Beatles da comédia.
Passo a explicar porquê: o genérico tanto passava no inicio como a meio ou no fim do programa; os sketch dispensavam a clássica “punch line” e interligavam-se uns com os outros; apareciam recorrentemente nos episódios personagens como o cavaleiro medieval e o seu frango; abatiam-se sobre as personagens mais ridículas martelos gigantes ou um peso de 16 toneladas; havia Ministérios de Maneiras Ridículas de Andar ou de Não Ouvir as Pessoas; papagaios mortos; inquisidores espanhóis; lenhadores efeminados; lojas de queijo sem queijo; cartoons e talkshows com animais e, claro, spam, spam e spam. E (milhentas) outras coisas.
Junto agora alguns adjectivos para classificar a série: inovadora, desconcertante, inteligente, inesperada, anárquica, hilariante e sempre, mas sempre, genial. Até nos “tiros ao lado” os Python revelavam essa genialidade pois percebe-se sempre uma vontade desmesurada de inovar e brincar com as convenções. Nada era sagrado. Nem religião, politica ou autoridade. Na BBC. No inicio da década de 70…

Já lá vão mais de trinta anos mas ainda é “A” série de comédia.

Preciso de dizer mais?

“Say no more, say no more!
Nudge, nudge…”








JR