domingo, outubro 28, 2007

“Poetry and Human Feelings”


Podia dizer-te que o tempo urge, que o tempo escoa, que ele toma cada minuto como refeição de mais uma acção.
Porque rima com coação e com mortificação ou coisa que o valha.
O tempo mata-me o tempo para dormir, para amar, ou coisa que o valha, o tempo para,..., ou coisa que o valha.
O tempo, faz-me ver que o escuro no fundo do quarto está tão próximo como as luzes que invariavelmente deviam corar a vida enebriante que espero voltar a provar de novo um dia destes.
Nessa luz que sonho, vou poder perdoar todos os pecados, a quem não dança comigo no meio de toda uma alegria. Rendo-me à felicidade de uma urgente violência em querer e poder.
Sei que pontapeio o ar que respiro, em vigoroso compasso que encerra um ritmo só meu, cerro os punhos e no meu desejo carrego em contrição todas as amordaçantes vivências impostas. Agora posso abrir as mãos e libertar uma energia só minha, sinto os passos ganhar uma vida que me eleva acima da realidade.
Só então me rio furiosamente, que o riso lacinante libertado pela minha voz ecoa e ensurdece quem quiser.




xeltox
TC


ao som de Benjamin Biolay “La penombre des Pays-Bas”

2 Comments:

At 11:01 da tarde, Blogger espinhos e outras flores said...

Verifico que a tua Virgem Maria fluorescente te dá grande inspiração.
Rendo-me aos teus textos. Gosto do jogo das palavras com que vais transmitindo sentimentos, como quem não quer a coisa, ou coisa que o valha...

ao som de Benjamin biolay "La Garçonnière"

 
At 6:01 da manhã, Anonymous Anónimo said...

hum....hum...hum...:)

 

Enviar um comentário

<< Home