domingo, outubro 21, 2007

“Poetry and Human Feelings”

Sabes, ao menos onde te levam os passos?
Já sabes que a dor é tão efémera como a verdade mais pura, tão igual à morte por ti esperada, como à minha vingança tardia de todos os dias em que chego embriagado de tanto menosprezar a verdade.
Sabes, ao menos onde te levam os passos?
Sabes ao menos que por detrás de cada sorriso se esconde uma faca, mortinha por te atravessar a pele alva e impoluta. Sou eu que empunho a arma com que te ei-de matar, ainda não tenho razão aparente para o fazer. Por certo a vida escolherá, por mim, uma maneira lúcida e desculpavel.
Junto-me a todos e num halo me escondo na multidão, da multidão. Sozinho, fujo bem rápido, que o rasto de sangue já secou, por falta das lágrimas que derramei pela vida fora. Agora que não as derramo, tenho só tempo para ouvir os meus passos longe de mim próprio, já não conheço os contornos da minha face, por isso é igual que tivesses gritado naquele segundo em que te beijei, naquele segundo em que a lamina se tornou obvia dentro de Tí, foi-me igual!
Vocifero, assim só junto a mim a voz de mim mesmo e descubro que a identidade é algo tão vago como a verdade que distingue a morte da vida.





xeltox
TC

3 Comments:

At 2:13 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Seja bem vindo, sr. Tiago!

Grande abraço!

 
At 9:59 da tarde, Blogger espinhos e outras flores said...

Texto simplesmente espetacular!

 
At 5:59 da manhã, Anonymous Anónimo said...

porreiriximo...

 

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