quinta-feira, outubro 18, 2007

FRENTE A FRENTE * Radiohead - In Rainbows





Aqui esta o novo álbum dos Radiohead, chama-se In Rainbows e as dezoito músicas que o compõem estão disponíveis no site oficial da banda, onde os fás pagam o que entendem que devem pagar ou mesmo se devem pagar para o adquirir, a edição nas lojas trará muitos extras desde um vinil a um DVD que custara nada mais nada menos com 40 libras ou seja por volta de 60 euros, mas por agora podemos apreciar já as novas grandes músicas dos Radiohead,Quando começarem ao ouvir e acharem que o álbum se assemelha ao amnesiacc é puro engano. É verdade que as primeiras duas músicas não são aquilo que esperávamos deles, a 15 Step e a Bodysnatchers estão muito aquém da magnificência da banda, mas acaba por aqui a menor inspiração da banda. Pois o resto do álbum até a decima música, Nude, Weird Fishes, Faust Arp, Reckoner, House of Cards, Jigsaw Falling Into Place e Viodeotape são extraordinárias, rock aliado a violinos e violoncelos entre outros instrumentos que fazem toda uma orquestra. Com especial destaque para as Faust Arp, House of Cards e Jigsaw Falling Into Place. As restantes oito músicas oscilam em três fases, o banal em músicas como MK1, Go Slowly e MK2, passando depois para um estilo mais alternativo e bastante melhorado como o que esta presente nas músicas Last Flowers, Down is the New Up, Bangers and Mash e culmina com o génio dos Radiohead ao mais alto nível em Up on the Ladder decima sexta música do álbum e 4 Minutes Warning a fechar o álbum onde podemos ouvir Tom ao piano e a cantar, com Colin a tocar guitarra acústica, Ed a tocar pandeireta e o John a mandar trancadas na guitarra eléctrica.Com isto não podemos nunca dizer que o álbum dos Radiohead é mau, muito pelo contrario, esta banda há muito que não sabe fazer nada mal, mas não é um álbum consistente, pois damos connosco a perguntar-nos quando chega a Faust Arp ou a House of Cards e a Jigsaw Falling Into Place ou até mesmo ansiando pelo final do álbum para ouvirmos a Up on the Ladder e a 4 Minutes Warning.Posto isto apenas vos posso desejar uma óptima sessão de música na companhia dos Radiohead e o seu novo álbum in Rainbows.










JG








Os Radiohead não lançaram só um disco. A forma de lançamento de In Rainbows pode muito bem ter iniciado uma revolução na forma como a música vai chegar aos nossos ouvidos no futuro. A disponibilização on-line (legal) de discos não é novidade mas quando é uma banda com o estatuto dos Radiohead a fazê-lo o caso muda de figura.
As ondas de choque desta iniciativa estão a finalmente a acordar as editoras para a necessidade de se adaptarem à realidade e encontrarem novas formas de distribuição.
Vamos seguramente ter outros artistas a optar por formas semelhantes de lançar a sua música. Até porque já se sabe que pelo menos 1 milhão de pessoas fizeram download do disco, no site oficial da banda, nos primeiros dois dias. Houve seguramente quem não pagasse mas também quem pagasse (e bem). Basta comparar este lucro com o (não) lucro do lançamento do disco anterior Hail to the Thief, que”vazou” na Net um mês antes do lançamento oficial.

Mas, falando apenas de música, que tal é In Rainbows? É bom, muito bom. O melhor disco dos Radiohead desde KID A e o mais belo conjunto de canções que alguma vez fizeram.
Nota-se uma maior descontracção e leveza na banda em temas quase de “fim-de-tarde-de-verão” como Faust Arp, Reckoner e a lindíssima House Of Cards.
Thom Yorke continua, mesmo assim, com as suas visões negras e apocalípticas (“I get eaten by the worms / And we’re fishes” na genial Weird Fishes/Arpeggi) apesar de regressar também aos pequenos e simples dramas do dia-a-dia, que tão bem descrevia em The Bends ( “I don’t want to be your friend/ I just want to be your lover”, em House of Cards).
Somos ainda brindados com Nude, a musica que os Radiohead tinham guardada desde os tempos do seminal OK Computer, que é de uma beleza arrepiante e podia ser do Scott Walker se ele ainda fizesse musica (perdoem-me os fãs de The Drift), não esquecendo a a rockeira Bodysnatchers e os seus riffs Sonic Youth.

In Rainbows revela uma banda em grande forma musicalmente (com apoio de deliciosas secções de cordas), sem nada para provar e sem a pressão de fazer obras-primas.
Já fizeram.
Contentemo-nos agora com discos muito bons da banda mais importante da actualidade.







JR

1 Comments:

At 6:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Mas...o album nao tem só 10 musicas?

 

Enviar um comentário

<< Home