quarta-feira, agosto 30, 2006

The Kooks – Inside in Inside out





Com um sucesso totalmente inesperado , alcançado devido ao single “You don´t love me” , (mas mais ainda pelo caso que o vocalista da banda manteve com Katie Melua) os The Kooks apresentam uma Pop banal , por vezes até confrangedora , prontinha para acompanhar os diversos adolescentes ao longo deste verão.Poderemos encontrar um ou outro momento mais lúcido e inspirado , com claras influencias de Pete Doherty e de uns Teenage Funclub , mas é muito pouco para toda a tinha que fizeram correr nas revistas e jornais por este Mundo fora.









GG

Infadels – We are not the infidels





Depois de uma tentativa frustrada de se lançarem no Mundo da musica , decidem gravar um edição limitada de um novo Single sem Engenheiros , Produtores ou editora.
Tentando vender a sua musica quase porta a porta , encontram John Peel que os lança no seu programa surgindo assim os Infadels.
Com influencias claras aos anos 80 e ao inicio dos anos 90 , cruzam o Rock com electrónicas dançáveis , aplicam toda a energia do Punk e ideias Pop bem esclarecidas.
É de resto esta mistura de ideias e culturas que distingue este álbum de muitos outros que lhe tentam seguir as pisadas








GG


Keane – Under the Iron sea




Com tantos fãs como “inimigos” , com “Hopes and fears” os Keane entraram nas bocas do mundo e nos tops de qualquer tabela de vendas , TV e rádio.
Com uma Pop limpinha e musicas orelhudas , cada uma delas candidata a Single , todos começaram a questionar “E agora?”… “Haverá vida depois disto?”…
A verdade é que eles ai estão com o seu segundo álbum “Under the iron sea”.
Com algumas novidades sonoras (principalmente para os teclados de Tim Rice-Oxley) em algumas das suas musicas dão mostras de querer inovar , arriscar , criar algo mais do que a sua genética , mas sempre de forma calculada.É este calculismo que lhes retira brilhantismo e depois de algumas surpresas os remete para um mais do mesmo.












GG

segunda-feira, agosto 07, 2006

O Regresso do DJ (It’s All Gone Pete Tong)




O título em inglês resulta de uma expressão em calão e envolve um trocadilho com o nome do DJ Pete Tong e significa que tudo correu mal. O título em português á primeira instância parece duvidoso e pode levar a crer que estamos perante um filme de baixa qualidade.
Porém não é este o caso. O filme abordado é bastante interessante. Com a peculiaridade de tratar uma história “verídica”, que sempre torna a coisa mais auspiciosa em termos de qualidade ou falta dela num filme. Pelo menos esta é observação que aparece na promoção do filme. A verdade é que estamos perante um misto de biopic e um mockumentary onde a conjugação de elementos e factos reais se misturam com a paródia e sátira de elementos forjados. A julgar pela proliferação de sites e de chat roms sobre a questão e pela presença de testemunhos de DJs, como Carl Cox, entre outros, durante o filme. Para muitos, o DJ Frankie Wilde, o anti-heroi do filme que aportamos, terá realmente existido. Para outros não passa de um produto fabricado do imaginário que deu origem a um autêntico mito. Já dizia o nosso amigo Tony Wilson da Factory Records “ entre a verdade e o mito, escolha-se o mito” sempre se abrilhanta um pouco mais a vida.
Neste caso temos um filme interessante sobre a vida de um dos DJ´s mais importantes da cena de Ibiza durante a década de 90. Frankie Wilde, o Billy The Kid das pistas de dança e clubes em voga na louca, mas estimulante Ibiza. Durante dez anos conseguiu chegar ao trono de DJ mor de Ibiza. Levando ao rubro as multidões que todos os anos procuram o paraíso nessa ínsula. Paralelamente, Frankie desenvolveu uma ensurdecência que ameaça por em risco o estatuto alcançado e acima de tudo priva-lo da sua paixão «fatal», a musica. O resultado desta catástrofe levará Frankie a enveredar pelo consumo desproporcionado de drogas e álcool. Tudo à sua volta acaba por desmoronar-se como peças de dominó a desabarem umas sobre as outras. A editora, o menager, a mulher, as outras mulheres e a maioria dos fãs abandonam o barco de Frankie deixando-o à deriva no oceano vazio. A surdez ganha contornos maquiavélicos, apenas resta o seu novo amigo. Uma Doninha imaginaria (lembram-se do coelho de Donnie Darko), que resulta das alucinações provenientes da cocaína ingerida em doses industriais pelo nosso DJ. Hilariantes as cenas de porrada e de carinho entre a Doninha e Frankie, durante o dilema de deixar o veneno ou prosseguir a vertiginosa viagem ao degredo da droga. Preparem-se meus amigos, isto não é nada.
Após um auto-isolamento infligido, Frankie Wilde parece disposto a inverter a situação. Para tal contará com a ajuda preciosa da sua instrutora de leitura labial, que o ajuda a redescobrir os sons e os pequenos prazeres da vida. Aos poucos o corpo e alma de Frankie começam a ganhar vida preparando-o para um regresso inesperado. Mas que muita tinta irá fazer correr nas revistas, meio discográfico e na sua Roma, Ibiza.
Será que Frankie estará a altura dos acontecimentos e conseguirá ser de novo herói nas pistas de Ibiza. “Mesmo que as coisas corram para o torto poderá ser um herói para as pessoas que sejam surdas ou que tenham alguma “deficiência”. Aproveitando a situação e montar uma linha de roupas e merchandansing destinado a esse grupo de pessoas que apresentam algumas insuficiências. Pelo menos é este o conselho que um seu velho conhecido lhe dá, enquanto Frankie prepara o seu regresso. Por aqui podem ver a loucura que corre nas veias do filme. O final acabará por nos surpreender.
Filme premiado em diversos festivais internacionais (TORONTO FILM FESTIVAL; US COMEDY ARTS FESTIVAL; GEN ART FILM FESTIVAL). Dirigido pelo realizador Michael Dowse conta, ainda com, uma excelente banda sonora. Com especial destaque para os The Concrete, os The Beta Band entre outros grupos de índole Rock, Pop e musica Indie. Não obstante o filme abordar uma temática de musica electrónica e de dance music.
Esta comédia dramática tem a suas virtudes e carências. Quanto as carências resultam do facto de não estarmos perante um filme assombroso. A comédia negra que a passos percorre o filme faz com nos afeiçoemos ainda mais ao nosso anti-heroi e torçamos por ele. Para tal muito contribuiu o actor Paul Kaye que encarna a personagem de Frankie Wilde magistralmente. O seu principal trunfo será a criação de uma personagem imaginária que se confunde com realidade e aqui podemos estabelecer um paralelismo com o fantástico filme This Is Spinal Tap de Rob Reiner. A ver numa destas noites quentes de verão, ou por outras palavras, Commence Le Festival de Ibiza.







BB