quarta-feira, novembro 21, 2007

Carol Anne………. They're here.

Devo confessar que um dos filmes de terror/fantástico que mais me impressionava em criança era o, magnífico, “Poltergeist”.
Este filme de 1982 foi escrito e produzido a meias entre o realizador Tobe Hooper (The Texas Chain Saw Massacre de 1974) e Steven Spilberg.
Apesar se ser uma trilogia, não há nada como o primeiro amor. E o primeiro filme “Poltergeist”, criava em mim uma sensação de desconforto impressionante. Provocada pelo medo que sentia quando os espíritos decidiam visitar, pela calada da noite, a Carol Anne e o seu pequeno irmão. Nem o Fredy Kruger conseguia pôr-me daquela maneira.
A história segue a integração de uma família na sua casa nova. Constituída num projecto, destinado à classe média-alta. Composto por um extenso bairro de moradias.
Ao início identificamo-nos com a adorável família. E tudo parece correr ás mil maravilhas. Contudo, aos poucos, começam a aparecer estranhos fenómenos na casa. Que ameaçam a felicidade e vêem perturbar a vida nova desta família.
Recordo, particularmente, duas cenas que me deixaram com os nervos em franja.
A cena, mais impressionante, dá-se com Carol Anne, que com a sua voz angelical diz “They`re he-eeere!” quando se encontra, sozinha, frente a Tv, com a imagem em grão.
A outra é o ataque duplo sofrido pelo irmão de Carol Anne. Quer pelo boneco/palhaço que tinha no quarto. Ou pela arvore que se encontrava em frente à janela do seu quarto e que irrompe por ali à dentro, durante uma noite de tempestade infernal.
(Ainda há dias, vi na Fox, nomeadamente, na série Family Guy, a recreação desta cena.)
A historia ganha contornos épicos quando Carol Anne é “raptada” por espíritos e entra em acção uma equipa de estudo de casos paranormais e uma velhinha e simpática vidente.
No final descobrimos os porquês da casa se encontrar assombrada. Na medida em que foi erguida por empreiteiros, sem escrúpulos. Mesmo por baixo de um antigo cemitério de índios. Sem que tivessem a mínima preocupação de enterrar os despojos e as ossadas noutro sitio.
Coincidência ou não o filme ganhou (na minha óptica) contornos “misteriosos” quando investigamos a historia de alguma personagens. A verdade é que a actriz Heather O’Rourke que interpreta (Carol Anne) morre antes de terminarem as filmagens do terceiro “Poltergeist”. Faleceu aos 12 anos, vítima de uma doença súbita e pouco comum.
Sendo sepultada ao lado de outra actriz de “Poltergeist”, Dominique Dunne. Que interpreta o papel de sua irmã mais velha no primeiro filme. E que foi assassinada (aos 22 anos) na vida real por um ex-namorado.
O seu último papel seria uma participação especial num episódio da série “A Balada de Hill Street”. Onde por coincidência (ou não) interpretou o papel de uma jovem mãe, vitima de violência doméstica.
Caso para dizer “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”.
Historias horripilantes à parte, a verdade é que “Poltergeist” vai ser alvo de uma edição especial em DVD, alusiva aos vinte e cinco anos do filme.
Com uma história bem delineada, com uns efeitos especiais brutais, muito à frente da sua época e com um elenco de luxo que dão a alma ao filme. Tudo isto faz de “Poltergeist” um dos melhores filmes de terror/fantástico e sobrenatural de todos os tempos.





BB