sexta-feira, novembro 16, 2007

De Maharishi Mahesh aos Beatles. Lynch e as suas Meditações Transcendentais

Ao fazer a minha incursão matinal pelos jornais on-line diários. Sou, subitamente, assaltado por uma imagem, que parecia perdida no baú das minhas memórias (chiça pareço um velhote a falar).
Ao dar uma vista de olhos no DN, leio vagamente a peça jornalística, inserida na secção das artes, intitulada “David Lynch dá aula de meditação no Estoril”.
Como sabemos, decorre em Portugal o EUROPEAN FILM FESTIVAL ESTORIL, que teve início a 8 de Novembro e termina amanhã, sábado, 18 de Novembro.
A ideia, não obstante de promover as várias correntes cinematográficas e celebrar a sétima arte. Um dos maiores desejos será elevar o nome de festival fora portas, ou seja, dar-lhe um ar internacional.
Se Espanha tem o Festival Internacional de Cinema de San Sebastian; a França marca presença com Cannes; a Alemanha o Festival Internacional do Filme de Berlim; Itália com o Festival de Veneza, inclusive a Suiça, com o Festival Internacional de Cinema de Locarno.
Embora eu prefira o sabor dos festivais de índole alternativa, que criam o seu próprio ambiente, bebendo a génese pura do cinema. Onde a descoberta de novos talentos, as amizades que se fazem e a mística que se cria. Estimulam-me muito mais.
A verdade é que este é o roteiro cinematográfico europeu com maior visibilidade e glamour, onde as estrelas se mostram às multidões na rua.A alta sociedade gostem de cinema ou não, veste o seu melhor traje, para assistir ao certame. Os fotógrafos e as revistas especializadas, cor-de-rosa e de outros géneros marcam presença com uma torrente de flashes.
Portugal apesar da forte tradição em festivais de cinema (IMAGO, Vila do Conde; DocLisboa; Fantasporto; Festroia; Ovarvideo, IndieLisboa). Não tinha até agora o seu Cannes ou Veneza.
Vamos ver se EFFE consegue seguir essa tradição desses grandes certames europeus, seria engraçado. Para já tivemos a presença dos realizadores Pedro Almodóvar e David Lynch, o que é de salutar. Para mais informações aqui fica o link http://www.europeanfilmfestivalinestoril.com/.

Mas regressemos a notícia que li no DN que dá conta da homenagem, da parte do EFFE a Lynch. Para além, de ver o seu trabalho, ser alvo de uma completíssima retrospectiva da sua obra. (O engraçado é que o IMAGO deste ano já se tinha antecipado e feito essa retrospectiva, a diferença foi a de não contar com a presença do dito realizador).
Mas não fujamos mais, a verdadeira questão que me assaltou ao ler a notícia. O que despertou a minha atenção foi a «Masterclass que Lynch vai dar amanha, às 14.00, no Centro de Congressos do Estoril. O tema da mesma será “A Arte, a Vida e a Meditação Transcendental.
Vamos por partes. Segundo a peça, David Lynch abraçou há mais de trinta anos, a disciplina de Meditação Transcendental, criada, pelo guru Maharishi Mahesh. Que nos anos sessenta teve os Beatles como seus discípulos (a célebre viagem dos Fab Four à Índia) e cujo site oficial http://www.tm.org/ refere como seus praticantes figuras tão díspares como Jerry Seinfeld, Stevie Wonder, Dolly Parton, Joaquim Chissano, Andy Kaufman, Howard Stern, Laura Dern e o nosso Eusébio.
Não a do Eusébio era uma provocação, estava a gozar. As meditações transcendentais do Eusébio são outras.
Contudo, esta figura da minha adolescência conhecia-a, em casa dos meus primos mais velhos. Onde dispunha e não largava o monte de pilhas, interminável de VHS. Uma dessas cassetes era um documentário, ou uma espécie de “Rockumentario” sobre os Beatles.
Uma das partes que me mantinha mais “quietito”, sem abanar o capacete ao som das suas musicas. Era precisamente o trecho quando os Beatles se isolam na Índia e são acolhidos por este velhote de cabelos cumpridos e barba longa.
Essa personagem que fez parte do meu imaginário de infância desvaneceu-se, sendo apenas recordado, de vez enquanto, quando essas imagens passavam na TV para assinalar alguma data especial sobre os Beatles.
Qual o meu espanto ao descobrir que essa personagem ainda se encontra viva (nasceu em Jabalpur, a 12 de Janeiro de 1917) e continua a ter essa aura de misticismo que me cativou quando era puto.
Maharishi Mahesh, guru indiano é considerado o pai da Meditação Transcendental.
Para mais informações, aconselho vivamente a pesquisarem a página no WikiPédia deste Senhor pelos vistos guru de muita boa e interessante gente, e também a sua página pessoal.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Maharishi_Mahesh_Yogi)
(http://www.tm.org/).

Em baixo temos um vídeo dessa visita dos Beatles a serem recebidos pelo guru Maharishi Mahesh, na Índia.


BB

2 Comments:

At 7:04 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Ele é grandeeeeeeeeeeeeeee

 
At 3:10 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Eu sempre disse que os Beatles foram os maiores.
Quanto a esta pessoa nao a conhecia, mas só vem provar que o quarteto de Liverpool sabia o que fazia.

 

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