quarta-feira, novembro 28, 2007

Videos que mudaram o Mundo



GG

terça-feira, novembro 27, 2007

Frente a Frente - Gangster Americano





Gangster Americano é o último filme de Ridley Scott, e conta com a presença de dois magníficos actores, Denzel Washington e Russell Crowe. O primeiro é Frank Lucas, o motorista de um dos principais chefes da máfia, e seu principal aluno, mas quando o patrão e professor de Frank Lucas morre, deixa-lhe a porta aberta e grandes ensinamentos, este aproveitado essas facilidades entra no crime organizado, traficando droga mais pura que a do mercado já existente e a um preço mais barato, arrasando com a concorrência e ganhando muitos inimigos.Do outro lado da lei está Russell Crowe que interpreta o papel do Richie Roberts um policia que fica marginalizado pelos seu colegas após ter entregue uma grande quantia de dinheiro que provinha do suborno de policias, e ainda mais quando perde o seu parceiro devido a uma morte por overdose, ficando assim sem ninguém com quem trabalhar.Com o aumento do crime, e do tráfico provindo e incentivado por Frank Lucas, eis que são criadas unidades especiais de combate ao crime organizado, Richie vai liderar uma dessas unidades, entrando num duelo com Frank Lucas.O filme que tem um enredo engraçado acaba por ser perder em clichés do “padrinho” e do “traffic” nunca se conseguindo soltar dessas amarras, é um filme que até pelo tamanho merecia e deveria ter outra magia, até pelo tamanho, perde-se em pormenores nunca dando o salto para grande filme. E esperando o que se espera de tão bons actores e um realizador deste calibre Gangster Americano é um filme sem alma, que ao fim de tanto tempo a olhar para o ecran deixa-nos no fim com um vazio amargo e desgostoso.





JG


(JR em Breve)

segunda-feira, novembro 26, 2007

Uma Caveira chamada Eddie, Memorias de infância revividas no Review e o vídeo dos Primal Scream

Aquilo que é óbvio não merece discussão. Mas por vezes convêm explicar bem as coisas, ou seja, colocar os pontos nos ís. Para que não haja margem de manobra, para falsas interpretações.
Como já devem ter reparado, a génese deste blog incide, primordialmente, na cultura musical alternativa (Rock, Pop, electro, Indie, Songwriters), na sétima arte e na literatura.
No campo literário quer em análise e discussão de livros e também a exposição de textos de cariz ficcional. Como é o caso das séries realizadas por elementos da equipa do Review. Elaboradas por Gonçalo Galvão e João Rocha, autores das obras “Otomiguri Ozaki” e "Estórias Reais Imaginadas”, respectivamente. Ou na poesia através do Tiago Candeias e João Galvão, na crónica “Poetry and Human Felings”.
Mas o que me leva a escrever este pequeno texto (espero eu e vocês tb) é uma espécie de introdução explicativa a um post que vou colocar aqui no blog. E que à primeira instância pode parecer deslocado. Mas com a devida explicação e enquadramento, assentará, como os outros, que nem uma luva aqui no cantinho do Review.
Como tenho tido o prazer de fazer parte desta equipa (galáctica), não a sério, sinto prazer em trocar umas meras impressões culturais aqui com a malta do burgo e obviamente chegar até aqueles que nos acompanham, diariamente. E daqui o nosso “muito obrigado” a todos, e participem, deixem as vossas criticas, as vossas ideias, a vossa voz aqui no Review.
O prazer tem sido a motivação de falar de coisas que gostamos, de partilha-las e recorda-las, aqui com todos vós. Por isso é normal que coisas do passado, recordações de infância venham, de vez enquanto, à memória, de um gajo.
Bem mas não fujamos mesmo a questão que interessa. O seguinte post é sobre uma dessas recordações de infância.

Era eu um pequeno petiz e tinha um amigo de infância, o Lobo, que por sua vez tinha um irmão mais velho que só ouvia Heavy-Metal. Entrar no quarto do irmão do Lobo era como entrar na Twilight Zone. As paredes estavam decoradas com as capas de todos ou quase todos os álbuns de Iron Maiden, que existiam nos anos 80.
Mesmo para quem não aprecia nada este género de música, como é o meu caso. Quase toda a gente reconhece um álbum dos Iron Maiden.
Esteticamente tinham algo de extraordinário. Pois apareciam com a mesma personagem de sempre, a caveira (mais tarde vi a descobrir que se chamava Eddie) em cenários apocalípticos e com cores berrantes, que nos entravam pelos olhos, a dentro. Como que a perscrutar-nos a alma. Pensava eu que esta banda de heavy-metal, já não andava por ai a metalizar as pessoas, mas pelos vistos andam. Para espanto meu, um dia destes quando fazia o meu périplo pelos jornais on-line, deparei-me que essa banda, que devem ser para ai uns avôs desse género musical. Vêm a Portugal dar um concerto em 9 de Julho, do próximo ano, no SBSR.



Subitamente vieram-me à memória essas recordações do passado. Sendo assim vou por um post de um vídeo dessa banda, que acho brutal, quer a musica, quer o videoclpip.
Calma antes de me “baterem” ou “apedrejarem”, quero dizer que cada vez que oiço esta música e o videoclip na MTV ou na VH1, me farto de rir nem um louco. Acho um “piadão” quer à letra, quer ao videoclip e rio que nem um perdido e que nem um desalmado, Sempre que o vejo.
O vídeoclip, em causa, é sobre a “pérola” musical intitulada “Run to The Hills”. Atenção ao vídeo que está brutalíssimo e também à letra. Adoro a parte quando cantam, ou berram em inglês, mas vou traduzir para português: «Foge, foge para o bosque, foge para as montanhas, foge e salva a tua vida.» A tradução é algo assim do género. A sério eu acho isto um must. Vejam e depois digam alguma coisa.




Para que não haja mesmo dúvidas sobre o nosso gosto musical.
Terminamos com um videoclip genial dos Primal Scream. Da música brutal “Some Velvet Morning”, que conta com a participação, muito especial, da Kate Moss.
Watch and learn.





BB

domingo, novembro 25, 2007

“Poetry and Human Feelings”

Sabes, que no momento, tudo me parece passível de ser partido, espartilhado e assim, com aforo de uma violência drástica confundida de placidez volúvel em mais uma palavra, a mais.
Sabes, tu não existes!
Sabes, apetecia-me conhecer-te. Sabes, aparece um dia, que bebemos um copo, em silêncio.
Digo, bem baixinho.
Digo bem baixinho, que detesto gente, que não é gente, que se julga gente em algum lado, digo bem baixinho, em lado algum.
Farto-me, calo-me, sossego, sim que farto de barulho!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Banda sonora – The Horrors “Sheena is a parasite”



Xeltox
TC



A verdade é que a felicidade,
Não existe em si.
É apenas uma felicidade
Criada por mim.
E a tristeza presente?!
É água, rio e mar iminente…






JG

Para por em Repeat





GG

sábado, novembro 24, 2007

Otomiguri Ozaki


Chapter 97


Embrulha novamente o papel, guarda-o no bolso do seu blazer ao mesmo tempo que ia tentando questionar nas poucas palavras que conhecia de Espanhol o recepcionista sobre a pessoa que lhe tinha deixado o bilhete. Não obtendo qualquer resposta conclusiva, ficou inclusivamente sem saber se tinha percebido sequer o que ele lhe tinha perguntado ao mesmo tempo que pensava como poderia tal homem estar na recepção de um hotel como este.
Sai então do hotel em direcção às ruas de Culiacán.
Sentindo-se inquieto como que estivesse constantemente a ser observado, sem que conseguisse identificar alguém, desfolhei-a o roteiro que tinha ido buscar ao posto de turismo e decide apanhar o táxi até Iamala, talvez até aproveitar as águas termais que o roteiro tanto recomenda.
É já depois de um banho relaxante que se senta um pouco na esplanada a beber um sumo de laranja natural e observa o belo parque natural que contrasta com um pequeno e velho cemitério que dá sinais de esquecimento e de não ter qualquer visita à muito tempo. É neste envolvimento quase pessoal com o ambiente que o rodeia que avista bem ao fundo do parque uma mulher com um vistoso vestido encarnado que o olha insistentemente como se fosse ele a sua obsessão. Sente-se de tal forma incomodado que pressupõe que tal atitude só poderia representar o sinal pelo qual aguardava. Levanta-se rapidamente e em passo acelerado dirige-se à misteriosa mulher que com a sua aproximação foge e desaparece tão rapidamente como tinha surgido a primeira vez a sua vista com aquele belo vestido encarnado. Corre em direcção da estação termal, procura um telefone, retira do seu bolso de novo o papel e liga para o enorme numero que consta numa das alíneas. Tocou 3 ou 4 vezes e quando finalmente ouviu uma voz do outro lado, sem conseguir perceber uma palavra perguntou pelo nome que estava em outra das alíneas do papel “Juan Camanes Ayala”.
Após isto do outro lado desligaram de imediato…






GG

ASTA – Associação de teatro e outras artes




Apresenta:


“A bruxa era muito bonita”


A ASTA e Cecília Gómez (direcção e interpretação) apresentam a peça “A bruxa era muito bonita”, inspirada na poética da escritora Uruguaia Marosa Di Giorgio.
A peça estará no palco da sala do Teatro-Cine da Covilhã, nos dias 23, 24 e 29 de Novembro, sempre ás 21.30.
Haverá ainda duas sessões especiais, destinadas às famílias a 2 e 9 de Dezembro, no mesmo local, às 15.00. As crianças acompanhadas pelos familiares não pagam bilhete.
Para mais informações aqui ficam os links do site e do blog desta associação cultural.

http://www.aasta.info/

http://www.associacaodeteatroeoutrasartes.blogspot.com/






BB

sexta-feira, novembro 23, 2007

Para por em Repeat

GG

"Estórias Reais Imaginadas"

A MULHER QUE NÃO GOSTAVA DE DIAS BONITOS



Dias de Primavera ou de Outono. Dias de Verão ou de Inverno. Aqueles dias de sol radioso e céu completamente azul. Ou com quatro ou cinco pequenas nuvens brancas, “excepções” que confirmam a “regra” daquele azul. Dias em que apetece respirar fundo, olhar em volta e ir passear. Esses dias de que todos gostam? A Ana não gosta. Mas tem motivos para isso.
Ela acha que esta animosidade para com dias solarengos começou no dia 18 de Agosto de 1971, na lindíssima e quente manhã em que foi com a mãe despedir-se do Sargento Peres, o seu pai, que ia partir para a guerra na Guiné. Apesar de ser ainda muito pequena, a Ana recorda-se de abraços, lágrimas, beijos e de ouvir a mãe dizer: “Promete-me que voltas. Promete-me que não morres”. O pai prometeu. Mas não cumpriu.
Mais tarde, veio uma bela tarde de Março, no Liceu, em que na aula de História, sobre a Revolução Bolchevique, viu o Professor Antunes ter um enfarte fulminante. Enquanto os colegas observavam, excitados, a chegada da ambulância e as infrutíferas tentativas de reanimação do Professor, a Ana não conseguia desviar o olhar do lindo céu azul.
Começou a reconhecer um padrão. Uma antítese. Dia bom, coisa má.
Ainda por cima, casou numa tarde fria e cinzenta de Maio. Deu à luz o seu único filho na manhã de 2 de Novembro de 82. Chovia a cântaros.
Já não tinha dúvidas. Mas, seria só ela a ver o padrão? Ou seria uma parvoíce?
A Ana não conseguiu deixar de reparar no lindo dia de sol que viu na televisão, a 11 de Setembro de 2001. Aquela escura nuvem de pó, a cobrir Nova Iorque, a contrastar com o azul do céu…
Também se recorda de ver imagens de timorenses assustados, a fugir das balas, no massacre de Díli. Iluminados por um sol radioso. Que diabo! Até no terramoto de 1755 o dia estava lindo, segundo relatos da época.
Na semana passada, ela viu um menino ser atropelado. Ainda hoje não sabe se ele sobreviveu ou não. Depois de apanhar qualquer coisa do passeio, o garoto, distraído e a olhar sorridente para o que encontrou, atravessou a rua sem olhar. Foi atropelado por um táxi. A Ana, em choque, só conseguiu ver uma moeda, junto à mão do menino, a reluzir no alcatrão. A reflectir o sol daquela linda manhã.
Claro.
Coincidências? Brincadeiras do Destino, da Natureza? Partidas de Deus?
Ela ainda não percebeu.
Mas sempre que acorda, vai à janela. Quando vê que o dia está nublado, a ameaçar chuva, a Ana sorri.






JR

GORILLAZ D-SIDES……………….Hasta Mañana





Apesar de ter dado por encerrado o capitulo musical dos Gorillaz. Damon Albarn que já este ano se metera num novo projecto (The Good, The Bad & The Queen), criando inclusive, um dos álbuns (homónimo) que marcaram o ano de 2007.
Despede-se, definitivamente, da banda virtual criada por si (os Gorillaz), e que deu a conhecer ao mundo nesse verão de 2001.
O génio do vocalista dos Blur, aproveitando uma “espaçosa” pausa da banda, criou uma banda virtual, composta por elementos, digamos que, algo peculiares. Não apenas por serem desenhos animados, mas por cada personagem ter a sua própria personalidade especial. Seus membros surreais são os loucos 2D nas vozes e no teclado, Murdoc no baixo, Noodle na guitarra e Russel na bateria.

Se Damon Albarn coordena a banda e trabalha com a parte musical, Jamie Hewllet desenha as personagens e trabalha com as partes de imagens, design e vídeo.
De estilo variado, o Gorillaz produziram músicas que vão desde o Rap, Trip hop, Hip-Hop, Punk, Ska, até um pouco de Heavy Metal. Criando uma sonoridade bastante atraente, devido ás variadíssimas influencias musicais.
Se em 2001 conquistaram o mundo com álbum homónimo. Associando a musica penetrante e alternativa a uma imagem de estilo forte e muito própria dos Gorillaz. Onde os videoclips eram autênticas pérolas quer a nível de imagem, quer a nível de concepção de história.
Desenrodilhando o papel das personagens a um nível bastante próximo do público, criando uma enorme empatia com a banda. Embora não fossem de carne e osso, como se costuma dizer.
A confirmação destas personagens virtuais, como banda, sucedeu em 2005 com o álbum “Demon Days”, catapultando-os para o mundo. Ele mostrava as personagens mais evoluídas, numa espécie de fase 2, ou um nível superior, com novas roupas, aparências e maluquices.
O single “Feel Good Inc” fez sucesso no mundo inteiro, e entraram para o cenário musical outros singles como “Dirty Harry”, “El Mañana” e “Dare” que contou com a participação especial do líder dos Happy Mondays, Shaun Ryder.

Agora os Gorillaz preparam-se para encerrar as portas desse mundo maravilhoso. Despedindo-se, com o lançamento do álbum“Gorillaz: D-Sides”.
Um pouco à margem daquilo que já haviam feito em 2002 com o lançamento de G-Sides, que era composto por12 músicas e que iam desde a faixas inéditas, às remixagens do álbum Gorillaz.
“D-Sides” traz dois discos, sendo o primeiro com versões demos e ‘lados B’ de ‘singles’ lançados na época do álbum “Demon Days”. O segundo CD traz versões remisturadas de faixas como “DARE”, “Dirty Harry” e “Kids With Guns”, entre outras.
Ora ai está uma possível boa prenda de natal.
Despedimo-nos com o vídeo de uma musica belíssima e que faz parte de “D-Sides”, chamada “Hong Kong”.





BB

quinta-feira, novembro 22, 2007

GGP.MAGAZINE nº5












Segundo fontes muito próximas dos colaboradores do Review , o fenómeno Brasileiro criador do Mega-Hit “Chance” poderá ser o cabeça de cartaz do festival de verão que as GGP já estão a ultimar.









Este fim-de-semana a GGP.TV pretende arrasar a audiência e irá passar juntamente com a sua Bunnies Theatre Troupe um Medley de James Bond.
A GGP.TV tem assim expectativas muito altas e pensa já na hipótese de ultrapassar Nha Terra, Nha Cretcheu.










Ednaldo Pereira esse grande vulto da música Mundial que temos dado nesta edição especial destaque, deu uma entrevista exclusiva à GGP.Magazine na qual entre murmúrios e tentativas de vocalização, podemos traduzir alguns excertos:

GGP.M-> Como tem visto a excelente recepção do publico à sua musica?
EP-> #@§$$€##” Chance , ## “#$% % #”$#$% , “#”#$ !!!
GGP.M-> Hmmmm muito bem….
EP-> %$# #%#% , #$? “#!”#$$# !!! $%#$&%& Chance!!!
GGP.M-> Todos nós não podíamos estar mais de acordo. Acho que até ficamos por aqui porque por certo todas as pessoas ficaram elucidadas…
EP-> “#$#%$%& MERD# , ##$%#$”$”$ Chance!!!!
GGP.M-> Tenha calma…..
EP-> “”$%$#$#%#&””$”$!!!!
GGP.M->E foi a entrevista possível a Ednaldo Pereira.

GG

Noticias de ultima hora





Regresso de Coppola à vista com dupla de peso

O realizador norte-americano Francis Ford Coppola, progenitor de algumas das mais importantes obras-primas da história do cinema, como a trilogia do “The Godfather” (O Padrinho) ou o “Apocalypse Now”. Prepara o seu regresso ás filmagens.
Numa altura em que a liderança do clã se encontrava a cargo, da sua filha e realizadora (fabulous in every way), Sofia Coppola.
Chegou a altura de Coppola voltar aos cenários para rodar um novo filme, intitulado "Tetro", que será rodado na Argentina, com a participação dos actores Matt Dillon e Javier Bardem.
Dez anos depois de uma ausência do grande ecrã, Francis Ford Coppola parece estar de volta ao cinema.



O Fantas 2008 começa agitar-se

Embora ainda falte um tempinho, à verdade é que, a próxima edição do Fantasporto de 2008. Que decorrerá entre 25 de Fevereiro e 9 de Março, no Teatro Municipal Rivoli, no Teatro Sá da Bandeira e em dez salas do grupo Lusomundo em várias cidades do país.
Começa a desvendar um pouco o véu do próximo certame.
A direcção do festival prepara-se para homenagear o cineasta Fernando Lopes
A homenagem incluirá a realização de uma grande retrospectiva com a projecção de alguns dos seus filmes mais conhecidos e prestigiados, nomeadamente "Belarmino", " Crónica dos bons malandros", "O Delfim" e "98 Octanas".Durante a 28.ª edição do Fantasporto, Fernando Lopes irá ainda receber o Prémio Carreira.



Alto e paira o baile que alguém, está a fazere el l´amore

Pois é, uma bela cena destas não lembra nem sequer ao diabo. Mas sim a um casal de jovens que assistia a um concerto dos “Bloc Party”. A banda britânica que dava um concerto na Holanda, designadamente, em Utrecht, foi obrigada a interromper o concerto. Devido a uma cena de sexo explícito que se desenvolvia entre um casal do público.
As palavras de Kele Okereke, vocalista da banda:

«Tivemos de sair de palco porque estava quase toda a gente a começar a fazer sexo», disse Kele Okereke, o vocalista da banda, ao Mirror. O músico adiantou ainda que não ficou surpreendido com o que se passou «por haver uma carga sexual muito forte na música dos Bloc Party».

Toda esta situação faz-me lembrar o delicioso filme “9 Songs” do realizador Michael Winterbottom.
Se a moda pega em Portugal não sei….., mas é caso para dizer que os promotores dos festivais de musica que se cuidem. Pode ser que na vez de um Super Bock/Super Rock, tenhamos um Super Bock/ Super Fuck.




BB

quarta-feira, novembro 21, 2007

Videos que mudaram o Mundo

Carol Anne………. They're here.

Devo confessar que um dos filmes de terror/fantástico que mais me impressionava em criança era o, magnífico, “Poltergeist”.
Este filme de 1982 foi escrito e produzido a meias entre o realizador Tobe Hooper (The Texas Chain Saw Massacre de 1974) e Steven Spilberg.
Apesar se ser uma trilogia, não há nada como o primeiro amor. E o primeiro filme “Poltergeist”, criava em mim uma sensação de desconforto impressionante. Provocada pelo medo que sentia quando os espíritos decidiam visitar, pela calada da noite, a Carol Anne e o seu pequeno irmão. Nem o Fredy Kruger conseguia pôr-me daquela maneira.
A história segue a integração de uma família na sua casa nova. Constituída num projecto, destinado à classe média-alta. Composto por um extenso bairro de moradias.
Ao início identificamo-nos com a adorável família. E tudo parece correr ás mil maravilhas. Contudo, aos poucos, começam a aparecer estranhos fenómenos na casa. Que ameaçam a felicidade e vêem perturbar a vida nova desta família.
Recordo, particularmente, duas cenas que me deixaram com os nervos em franja.
A cena, mais impressionante, dá-se com Carol Anne, que com a sua voz angelical diz “They`re he-eeere!” quando se encontra, sozinha, frente a Tv, com a imagem em grão.
A outra é o ataque duplo sofrido pelo irmão de Carol Anne. Quer pelo boneco/palhaço que tinha no quarto. Ou pela arvore que se encontrava em frente à janela do seu quarto e que irrompe por ali à dentro, durante uma noite de tempestade infernal.
(Ainda há dias, vi na Fox, nomeadamente, na série Family Guy, a recreação desta cena.)
A historia ganha contornos épicos quando Carol Anne é “raptada” por espíritos e entra em acção uma equipa de estudo de casos paranormais e uma velhinha e simpática vidente.
No final descobrimos os porquês da casa se encontrar assombrada. Na medida em que foi erguida por empreiteiros, sem escrúpulos. Mesmo por baixo de um antigo cemitério de índios. Sem que tivessem a mínima preocupação de enterrar os despojos e as ossadas noutro sitio.
Coincidência ou não o filme ganhou (na minha óptica) contornos “misteriosos” quando investigamos a historia de alguma personagens. A verdade é que a actriz Heather O’Rourke que interpreta (Carol Anne) morre antes de terminarem as filmagens do terceiro “Poltergeist”. Faleceu aos 12 anos, vítima de uma doença súbita e pouco comum.
Sendo sepultada ao lado de outra actriz de “Poltergeist”, Dominique Dunne. Que interpreta o papel de sua irmã mais velha no primeiro filme. E que foi assassinada (aos 22 anos) na vida real por um ex-namorado.
O seu último papel seria uma participação especial num episódio da série “A Balada de Hill Street”. Onde por coincidência (ou não) interpretou o papel de uma jovem mãe, vitima de violência doméstica.
Caso para dizer “Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay”.
Historias horripilantes à parte, a verdade é que “Poltergeist” vai ser alvo de uma edição especial em DVD, alusiva aos vinte e cinco anos do filme.
Com uma história bem delineada, com uns efeitos especiais brutais, muito à frente da sua época e com um elenco de luxo que dão a alma ao filme. Tudo isto faz de “Poltergeist” um dos melhores filmes de terror/fantástico e sobrenatural de todos os tempos.





BB

terça-feira, novembro 20, 2007

Começou a festa do Teatro na Cidade da Covilhã




A 27ª edição do Festival de Teatro da Covilhã teve início, no fim-de-semana (Domingo) e prolongasse, até ao dia 1 de Dezembro. O certame levará ao palco da sede do Teatro das Beiras, um conjunto de 13 peças por diferentes companhias do país.
Aqui fica o programa do festival.


http://www.teatrodasbeiras.pt/
http://teatrodasbeiras.wordpress.com/




BB

Ensaio sobre a cegueira, Meirelles ao barulho e o aniversário de Saramago

Hoje vou falar-vos de um dos grandes vultos da Literatura Portuguesa, José de Sousa Saramago. Que acariciou a bela idade de 85 “vidas”, anos, ou 1020 meses.
Nascido em Azinhaga, a 16 de Novembro de 1922. Cedo se destacou pela personalidade forte e vincada. Carácter e maneira de ser que foi edificando ao longo da sua vida e que faz dele um dos maiores escritores/pensadores contemporâneos do nosso tempo.
Como todos sabemos, Saramago foi condecorado com o Nobel da Literatura, em 1998. Antes havia sido galardoado, com o Premio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa.
Mas esse reconhecimento foi e continuará a ser alvo de uma divisão e discórdia que se “abate” sobre a sociedade portuguesa e, inclusive a nível internacional, sempre que se fala dele.
Mas observemos o caso português. É engraçado que a reflexão que quero partilhar convosco, não a tirei apenas dos jornais, noticiários e na rádio. Também em conversas com amigos e colegas fui dando conta de que José Saramago, não tem meios-termos, ou se adora ou se detesta por completo.
Existem vários factores da sua vida que ajudam a percebermos o motivo de tanta celeuma que, Saramago por vezes cria em torno de si.
Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, é membro do Partido Comunista Português e foi director do Diário de Notícias. Casado com a espanhola Pilar del Río, Saramago vive actualmente em Lanzarote, nas Ilhas Canárias.
A carreira de Saramago tem sido acompanhada de diversas polémicas. As suas opiniões pessoais sobre religião ou sobre a luta internacional contra o terrorismo são discutidas e algumas resultam mesmo em acusações de diversos quadrantes. Logo após a atribuição do Prémio Nobel, o Vaticano repudiava a atribuição da honraria a um "comunista inveterado".
“Perseguido” pela igreja católica portuguesa (e Vaticano), Saramago não deixou de seguir o seu próprio caminho. Por isso quando escreveu “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, permitiu que essa obra fosse adaptada ao teatro. Como já se esperava, a peça foi motivo de dura crítica, por parte de grupos religiosos que consideram a obra uma ofensa à Igreja.
Pior mesmo, só um sub-secretário de Estado, do governo de Cavaco Silva, na altura, Sousa Lara. Que achou por bem, afastar o livro de Saramago a uma candidatura a um prémio literário, por considerar que atentava contra a moral cristã.
Esta situação recorda-me o episódio protagonizado por um outro José, neste caso, o humorista Herman José. Aquando da interpretação da Ultima Ceia de Cristo. Que foi motivo de um Sketch humorístico, mas que a igreja, ou melhor, certos sectores da igreja, ultra-conservadores e hipócritas criticaram.
Nestas alturas recordo-me de uma espécie de ditado que vi numa peça de teatro, há uns anos atrás, intitulada “O idiota”. Ás páginas tantas, há uma crítica mordaz aos preconceitos mesquinhos da sociedade e um grupo de jovens grita o seguinte em alto e boa voz:
_«Filhos da puta, hipócritas civilizados que tudo criticais na claridade e tudo permitíeis na escuridão».



Mas voltemos a Saramago. Outros dos aspectos que são apontados pelas pessoas que não gostam da sua obra, tem a ver com a sua escrita. Saramago é conhecido por utilizar frases e períodos compridos, usando a pontuação de uma maneira não convencional (aparentemente incorrecta aos olhos da maioria).
«Os diálogos das personagens são inseridos nos próprios parágrafos que os antecedem, de forma que não existem travessões nos seus livros: este tipo de marcação das falas propicia uma forte sensação de fluxo de consciência, a ponto do leitor chegar a confundir-se se um certo diálogo foi real ou apenas um pensamento.»
Todavia Saramago também tem o seu os defensores incondicionais. Em 2003, o crítico norte-americano Harold Bloom, em seu livro Genius: A Mosaic of One Hundred Exemplary Creative Minds ("Génio: um mosaico de cem mentes criativas exemplares"), considerou José Saramago "o mais talentoso romancista vivo no mundo actual".
Para encerrar o capítulo das polémicas falo um pouco da última. Onde Saramago em entrevista ao jornal Diário de Noticias, no verão último, afirmou que os portugueses só tinham a ganhar se Portugal fosse integrado na Espanha, país no qual se auto-exilou.
Concorde-se ou não com as suas ideias, o importante a reter é a fé inabalável do escritor, do ser humano, do homem nas suas palavras e pensamentos.
Não deixa que lhe escolham o caminho ou lhe condicionem a fala e o pensamento.
Ele sabe para onde vai e onde quer andar até chegar ao fim das suas viagens, sejam elas literárias, fictícias ou reais.
Uma coisa é certa a sua obra goste-se ou deteste-se é intemporal.




Mas terminemos com a referência a obra de Saramago e ao único livro que li dele até hoje.
Obra que vai ser adaptada ao cinema pelo realizador brasileiro Fernando Meirelles (realizador do assombroso Cidade de Deus e do belíssimo Fiel Jardineiro).
Falo desse belíssimo e horrível livro que é o “Ensaio sobre a Cegueira”.
Quando terminei o bem dito e o maldito livro andei cerca de um mês a digeri-lo. Até hoje só o filme “Ondas de Paixão” (Breaking the Waves) do Lars Von trier, me tinha deixado nesse limbo insuportável mas, ao mesmo tempo sedutor da minha alma.
Para quem não leu a dita obra aconselho vivamente a comprarem o livro.
Já na altura comentava com amigos meus que, este livro, se fosse adaptado ao cinema seria uma autêntica bomba relógio a explodir nas telas de cinema. Agora que Fernando Meirelles convenceu o hesitante Saramago a dar o consentimento, aguardo ansiosamente pelo filme.
Quanto ao livro não queria desvendar nada ou quase nada. Apenas uma breve sinopse:
A história inicia-se com a perda de visão de um automobilista que em pleno cruzamento, aguarda pelas luzes verdes dos semáforos. Subitamente é atingindo por uma cegueira branca que, rapidamente se alastra à cidade e ao país.
Aos poucos, todos acabam cegos e reduzidos, pela obscuridade, a meros seres lutando pelos seus instintos.
À medida que os afectados pela epidemia são colocados em quarentena, em condições desumanas, e os serviços estatais começam a falhar, a trama segue a mulher de um médico, a única pessoa que não é afectada pela doença que cega todos os outros.
O degredo e a desumanização das pessoas aceleram a um ritmo alucinante, à medida em que vamos lendo, neste caso “devorando” a obra.
O romance mostra-nos o desmoronar completo da sociedade que, por causa da cegueira, perde tudo aquilo que considera como civilização.
Alguns personagens tornam-se verdadeiros animais, onde a sobrevivência física é o único que interessa. Outros tentam, apesar de o mundo estar literalmente virado de pernas par o ar, manter a sua dignidade e humanidade.






BB

domingo, novembro 18, 2007

No passado 18 de Novembro de 1928

Rato Mickey estreava-se em Nova Iorque, com o filme “Steamboat Willie”.
A estreia teve lugar numa sessão do Cinema Colony. Onde a fita principal desse serão “Gang War”, passou para segundo plano. Devido a essa película de desenhos animados a preto e branco, sobre o rato que iria ficar imortalizado, como Rato Mickey. Personagem que haveria de ficar sempre ligada ao nome do seu demiurgo, Walt Disney.




GGProduction

“Poetry and Human Feelings”


Sinto a falta de algo que se transforma em tudo. A subtracção da soma temporal, a perda do que se adquiriu.
Um vazio decorrente, intemporal, em que o suor derramado se transforma em nada sem efeito, com o defeito de nada sentir. O vácuo em que o meu espírito se tornou deixa-me ébrio, sem acção permanente num acto decadente em que os passos não posso dar, porque simplesmente nada sei fazer. Ah, durmo porque são horas disso, como porque preciso de me suster, pouco mais. Quero gritar, mas não sei porque não o faço, quero chorar e não o consigo. Deixo de lutar porque não sei porque o hei-de fazer. Revolto-me no silêncio e nada faço, parado, mas inquieto e nada faço, nada consumo da vida para alem do meu próprio tempo.
A vida esvai-se lenta e languidamente sem correrias e deixo invariavelmente que os outros ditem os meus passos, como uma marioneta inquieta por não ter vida própria.


Xeltox

b.s.o. – Dakota Suite – Navigators Yard







Que ódio enfurecido se debate na alma dos errantes,São raivas contidas de toda a dor dos amantes,Que fanáticos me diluem em águas negras e puras,São homens, são bombas, crenças prestes a rebentar,Numa vida de ilusão que se averigua triste,No mundo de desilusão que observa e obceca uma deprimente alma,Um decadente corpo, ansiando pela maldita e tão bem vida morte.Sendo assim nada mais que um mero espectro da vida mundana.Que ódio enfurecido se debate dentro de mim,São raivas contidas de toda a dor de te amar,Que fanáticos me iludem em palavras negras e sujas,São homens, são bombas, prestes a suicidar,Numa vida de ilusão que se averigua…No mundo de desilusão petrolifica,Uma decadente sociedade, ansiando pelo maldito e tão bem vindo apocalipse,Sendo assim nada mais que um mero espelho de toda a minha alma…Triste,Negra,Isolada.







JG

sábado, novembro 17, 2007

Yakitate Japan






“Existe pão inglês, alemão e francês, mas pão japonês; Japan não existe. Assim sendo não há outra escolha senão criá-lo." Esta história é uma biografia séria de um rapaz que possui mãos solares, Azuma Kazuma, que irá criar um pão japonês feito por e para os japoneses, que poderá ser apresentado com orgulho ao mundo.Este é o mote de uma das mais divertidas séries de anime japonesas que jamais foram criadas. Na sua jornada para realizar o seu sonho de criar um pão típico japonês, Azuma Kazuma, junta-se à maior padaria japonesa, que possui inúmeras filiais por todo o Japão, a Pantasia e aí descobre que o caminho a percorrer para realizar o seu sonho não será fácil. A história de Yakitate Japan decorre em três “arcs”,( ou três partes). O primeiro “Arc”, é o “Exame de Qualificação de Pantasia”, no qual Azuma vai defrontar outros jovens padeiros de várias filiais de Pantasia de forma a tentar decidir qual é o melhor jovem padeiro do Japão.O segundo “Arc” decorre na Europa, mais precisamente, no Mónaco, onde os três melhores jovens padeiros do Japão irão defrontar os melhores jovens padeiros de todo o mundo.O terceiro e último “Arc”, decorre novamente no Japão, mas desta vez a competição não se restringirá aos jovens, mas sim a todos os mestres padeiros que forem convidados a participar no torneio.Esta série prima pela animação e pelo estupendo sentido de humor, sendo que os momentos mais divertidos são os de avaliação dos pães por parte dos juízes. As suas reacções podem variar entre provar um pão e visitar o Céu por alguns minutos ou, então haver uma “transformação”, numa clara paródia ao popular DragonBall Z. Esta série parodia, ainda, com outras séries populares de anime como Naruto ou One Piece.Pela sua qualidade de desenho, pelo seu humor irreverente, pelo seu leque de personagens absolutamente fantásticos, esta é uma série absolutamente obrigatória para todos os que apreciam anime e gostam de rir sem parar.









JG

Otomiguri Ozaki

Chapter 98


Desliga o telefone e fica vários minutos sem esboçar um movimento.
Como que por reflexo e numa reacção enérgica, abre os seu documentos mais importantes e a sua lista de contactos e imprimi-os. Guarda-os rapidamente na sua pasta, retira a misteriosa chave que trazia sempre com ele ao pescoço, abre uma das gavetas da sua secretaria e retira cuidadosamente um cromo do Emílio Butragueno e um berlinde “abafa” com uma patita de um passarinho no interior, que o seu avô lhe tinha feito no dia que teve o maior desgosto da sua infância ao esborrachar o canário enquanto brincavam de forma alegre e afável. Este objecto é o maior símbolo da sua infância, é como se fosse a sua bola de cristal onde ainda hoje consegue ver espelhada a imagem do seu avô sentado na sua sala de estar , com o seu fato preto e barbas longas rodeado de livros como tanto gostava.
Sem dar uma palavra a Shaomiro e com Mihori a correr na sua direcção por não estar no seu guichet, Misaki apanha o elevador atravessa a recepção e dirige-se rapidamente até à saída.





GG

sexta-feira, novembro 16, 2007

De Maharishi Mahesh aos Beatles. Lynch e as suas Meditações Transcendentais

Ao fazer a minha incursão matinal pelos jornais on-line diários. Sou, subitamente, assaltado por uma imagem, que parecia perdida no baú das minhas memórias (chiça pareço um velhote a falar).
Ao dar uma vista de olhos no DN, leio vagamente a peça jornalística, inserida na secção das artes, intitulada “David Lynch dá aula de meditação no Estoril”.
Como sabemos, decorre em Portugal o EUROPEAN FILM FESTIVAL ESTORIL, que teve início a 8 de Novembro e termina amanhã, sábado, 18 de Novembro.
A ideia, não obstante de promover as várias correntes cinematográficas e celebrar a sétima arte. Um dos maiores desejos será elevar o nome de festival fora portas, ou seja, dar-lhe um ar internacional.
Se Espanha tem o Festival Internacional de Cinema de San Sebastian; a França marca presença com Cannes; a Alemanha o Festival Internacional do Filme de Berlim; Itália com o Festival de Veneza, inclusive a Suiça, com o Festival Internacional de Cinema de Locarno.
Embora eu prefira o sabor dos festivais de índole alternativa, que criam o seu próprio ambiente, bebendo a génese pura do cinema. Onde a descoberta de novos talentos, as amizades que se fazem e a mística que se cria. Estimulam-me muito mais.
A verdade é que este é o roteiro cinematográfico europeu com maior visibilidade e glamour, onde as estrelas se mostram às multidões na rua.A alta sociedade gostem de cinema ou não, veste o seu melhor traje, para assistir ao certame. Os fotógrafos e as revistas especializadas, cor-de-rosa e de outros géneros marcam presença com uma torrente de flashes.
Portugal apesar da forte tradição em festivais de cinema (IMAGO, Vila do Conde; DocLisboa; Fantasporto; Festroia; Ovarvideo, IndieLisboa). Não tinha até agora o seu Cannes ou Veneza.
Vamos ver se EFFE consegue seguir essa tradição desses grandes certames europeus, seria engraçado. Para já tivemos a presença dos realizadores Pedro Almodóvar e David Lynch, o que é de salutar. Para mais informações aqui fica o link http://www.europeanfilmfestivalinestoril.com/.

Mas regressemos a notícia que li no DN que dá conta da homenagem, da parte do EFFE a Lynch. Para além, de ver o seu trabalho, ser alvo de uma completíssima retrospectiva da sua obra. (O engraçado é que o IMAGO deste ano já se tinha antecipado e feito essa retrospectiva, a diferença foi a de não contar com a presença do dito realizador).
Mas não fujamos mais, a verdadeira questão que me assaltou ao ler a notícia. O que despertou a minha atenção foi a «Masterclass que Lynch vai dar amanha, às 14.00, no Centro de Congressos do Estoril. O tema da mesma será “A Arte, a Vida e a Meditação Transcendental.
Vamos por partes. Segundo a peça, David Lynch abraçou há mais de trinta anos, a disciplina de Meditação Transcendental, criada, pelo guru Maharishi Mahesh. Que nos anos sessenta teve os Beatles como seus discípulos (a célebre viagem dos Fab Four à Índia) e cujo site oficial http://www.tm.org/ refere como seus praticantes figuras tão díspares como Jerry Seinfeld, Stevie Wonder, Dolly Parton, Joaquim Chissano, Andy Kaufman, Howard Stern, Laura Dern e o nosso Eusébio.
Não a do Eusébio era uma provocação, estava a gozar. As meditações transcendentais do Eusébio são outras.
Contudo, esta figura da minha adolescência conhecia-a, em casa dos meus primos mais velhos. Onde dispunha e não largava o monte de pilhas, interminável de VHS. Uma dessas cassetes era um documentário, ou uma espécie de “Rockumentario” sobre os Beatles.
Uma das partes que me mantinha mais “quietito”, sem abanar o capacete ao som das suas musicas. Era precisamente o trecho quando os Beatles se isolam na Índia e são acolhidos por este velhote de cabelos cumpridos e barba longa.
Essa personagem que fez parte do meu imaginário de infância desvaneceu-se, sendo apenas recordado, de vez enquanto, quando essas imagens passavam na TV para assinalar alguma data especial sobre os Beatles.
Qual o meu espanto ao descobrir que essa personagem ainda se encontra viva (nasceu em Jabalpur, a 12 de Janeiro de 1917) e continua a ter essa aura de misticismo que me cativou quando era puto.
Maharishi Mahesh, guru indiano é considerado o pai da Meditação Transcendental.
Para mais informações, aconselho vivamente a pesquisarem a página no WikiPédia deste Senhor pelos vistos guru de muita boa e interessante gente, e também a sua página pessoal.
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Maharishi_Mahesh_Yogi)
(http://www.tm.org/).

Em baixo temos um vídeo dessa visita dos Beatles a serem recebidos pelo guru Maharishi Mahesh, na Índia.


BB

"Estórias Reais Imaginadas"

O HOMEM QUE ESCREVIA HORÓSCOPOS E A MULHER QUE OS ASSINAVA



O Pedro é reservado. Por isso não sabemos muito sobre ele. Não gosta de falar sobre a sua vida mas fala da vida dos outros. Tem de ser.
O Pedro tinha um emprego de sonho, bem pago e relativamente simples. Só tinha de apelar à sua criatividade e conhecer, superficialmente, o básico desta área. Os signos são doze. Vão desde animais reais como o Leão ou o Carneiro até seres mitológicos como o Sagitário. Temos ainda os misteriosos e abstractos Gémeos e Virgem. Há também objectos como a Balança e o Aquário. Neste último vivem, por ventura, os Peixes. Ele não sabe porque é que este signo está no plural. É o único. Temos Leão, Escorpião, Touro e depois, Peixes. Porque é que os nascidos entre 21 de Fevereiro e 20 de Março são representados por um cardume de Peixes e os nascidos entre 21 de Junho e 20 de Julho por um simples e inofensivo Caranguejo? O Pedro não sabe. Mas já perguntou à sua “patroa”, a Madame Brunnette. Ela também não sabia e disse: “Mas o que é que isso interessa?”
A Madame Brunnette nasceu e cresceu no antigo Congo Belga e ali foi iniciada nas Artes Negras, pelo Mestre Nadir, durante a adolescência. Veio viver para Portugal, para onde os pais emigraram no início dos anos 80. Pôs em prática os seus conhecimentos (“para ajudar o próximo”) escrevendo o horóscopo em jornais e alugando uma cave, no Conde Redondo, onde faz consultas personalizadas de Tarot, Reiki, Cura Quântica, Bola de Cristal e, brevemente, Leitura da Alma. De segunda a sexta, das 12 às 19.
Esta é a biografia “oficiosa” de Madame Brunnette, mas o Pedro já conhece a “oficial”: Sandra Carvalho, nascida em Lamego (1970); “esperta e despachada”, nas palavras da avó Belmira; foge para Lisboa com o namorado em 1986; após várias experiências laborais desastrosas encontra emprego no Salão Rubi; decide substituir a sua reputada e entretanto falecida cliente, Madame Suzette (vidente e taróloga), na elaboração do horóscopo semanal de uma prestigiada publicação; o sucesso crescente desta rubrica permite-lhe abandonar o “arranjo de unhas e cabelos” para se dedicar em exclusivo à adivinhação; aluga um local para consultas privadas e torna-se presença assídua em programas televisivos; com o dinheiro que ganha permite-se contratar pessoas, como Pedro, que façam parte do seu trabalho, porque “já não tem tempo para tudo”.
(O Pedro soube de tudo isto há uns anos atrás, num “jantar de trabalho” com a Sandra, no Bairro Alto. Palavra puxa palavra, etc. e tal. Acabaram a noite no melhor quarto da primeira pensão que encontraram. Não se repetiu.)
Ao fim de 6 anos a escrever horóscopos, aos quais “Madame Brunette” dá a cara, o Pedro fartou-se. Não sabe explicar muito bem porquê. Simplesmente, aconteceu. Decidiu ser honesto uma vez na vida.
Ele sabe que há quem leve muito a sério aquilo que escreve, como há quem leia apenas de soslaio. Uns muito, outros pouco, todos se deixam influenciar. E isso começou a incomodá-lo. Muito.
Ao fim de 6 anos decidiu arriscar. Na gráfica imprimem qualquer coisa que ele envie. Assim, para além das banalidades convenientemente genéricas do costume, como a previsão de Escorpião (“é possível que durante a semana surja um ou outro conflito no local de trabalho ou em casa”), a de Capricórnio (“com lucidez e firmeza, diga o que lhe vai na alma”) ou a de Virgem (“os amores requerem mais atenção, mimos e diálogo”), o Pedro decidiu acrescentar, à previsão de todos os signos, isto: “Não ligue nunca mais a horóscopos como este. É tudo mentira. Viva livre”.
O Pedro sabe que vai ser despedido. Não importa.
A Sandra que desculpe, mas ele nunca se sentiu mais feliz ou realizado do que agora.






JR

quinta-feira, novembro 15, 2007

Noticia de Ultima Hora




Pára tudo!?!?!? “Os Homens da Luta” voltaram a fazer das suas. Após terem andado, literalmente, em “cima” dos candidatos à Câmara de Lisboa, perseguindo-os, com a sua postura de algazarra e de confronto saudável. Fazendo com que a maioria descesse do pedestal e viesse, inclusivamente, cumprimenta-los pessoalmente. Excepção feita a Paulo Portas, que fugiu a sete pés, do duo dinâmico, como o diabo foge da Cruz. No meio de uns impropérios (subtis) e passo acelerado.
Depois de marcarem, com a sua (ALUCINANTE) presença, no caso da Universidade Independente. Onde invadiram o recinto da faculdade, durante os (últimos) dias perturbados da mesma. Não só entraram no Campus Universitário, sendo inclusive enxovalhados por estudantes universitários. Que os apelidaram de palhaços e burros. Bem eles de certeza que não estudavam na Independente. Não pagaram propinas, ou melhor não contribuíram para o aumento dos bolsos dos gestores dessa universidade e depois ficaram sem o dinheiro, sem o canudo e sem a universidade.
Essa cena ocorrida no horário nobre da televisão portuguesa. Mais concretamente, durante a hora do jantar, em plena abertura dos noticiários. Estando presentes as três estações de Tv., cada uma com o seu repórter e o seu operador da câmara. Que tentavam pôr-nos a par das ultimas noticias escaldantes do acontecimento da universidade Independente.
Subitamente e vindos do nada, eis que surgem os nosso heróis. O duo dinâmico, não o Batman e o Robin, melhor ainda, “Os Homens da Luta”. Implacáveis, sempre atentos, as injustiças, lutando contra o poder centralizado. Defensores da classe operaria, dos estudantes, daqueles que as vozes são abafadas pelo capitalismo. Enfim, eles, ai estão para erguer a voz do povo, contra tudo e contra todos.
Foi magnifico observar os jornalistas de televisão (excepto a repórter do Canal 1), a descreveram a cena cómica e caricata, como sendo um protesto exacerbado da parte de alguns estudantes da Independente.

Depois, da intervenção do programa “A Revolta dos Pasteis de Nata” (1ª temporada), onde Jel contribuía como DJ e encarnava personagens do além, em “skeches” completamente, alucinados. Onde nas ruas de Lisboa provocava as pessoas tentado obter reacções dos transeuntes. Não percam no Youtube os “sketeches” da personagem, interpretada por Jel. Especialmente, a do Carlinhos Miguel, o machista gay. Das melhores coisas que vi na televisão, nos últimos anos.

Posteriormente, surgiu na Sic Radical, com o próprio programa, “O Vai Tudo Abaixo”. Franzi o sobrolho e pensei que estaria a exagerar e a ir por um caminho suicida. Pois o deboche e o abuso eram maiores. Contudo o sucesso foi imediato.
Ainda teve vagar, para a criação do projecto da banda de War-Metal, os “Kalashnikov”.
Para ficarem com uma ideia do portfólio musical da banda aqui ficam algumas das suas pérolas: «Fuck the human rights, we want genocide», «Genocide fields», «Tiananmen, kill another yellow man» e «Warriors of the Hezzbolah».
A banda satírica de Jel começa a ser um sucesso e até já conta com concertos agendados para a República da Irlanda! Recentemente fizeram a primeira parte do concerto dos Moonspell, no Coliseu de Lisboa, na noite de Halloween.
Já agora, no próximo sábado não percam a actuação da banda na Covilhã, inserida na programação do festival Artcore (Happening Erótico da Beira Interior). Para mais informações pesquisem o site do Artcore (www.zplatter.net/artcore).


Se há pessoas de vários quadrantes da sociedade que os acham mesquinhos, ordinários e sem contributo algum.
Ao contrario daquele Zé-povinho que cospe para o ar. Que é capaz de passar o dia à porta de um tribunal, com a família, em vez de ir passear ou aproveitar o Carpe Diem. Veja-se o caso do, assaltante de bancos espanhol, detido em Portugal. Ou o caso da Madie ou Mady.
O povo á espera dos arguidos, ou detidos para os esmiuçar com o seu olhar de provedor salazarento, ou os achincalhar com frases bonitas como, «ó filhos da puitaaaaaa». Mas a que eu gosto mais, é aquela estirada do «Ó Bandidos, prendam esses gatuuuunosssss». Enfim, uma autentica vergonha. Ou então os pseudo-pimba do jet-set tuga, que se acham senhores da verdade e dos bons costumes portugueses. Só se for a dizerem um monte de imbecilidades.
Prefiro ver estes “jovens”, doidos varridos. Que de vez em quando, procuram abalar um pouco o sistema. Nem que seja da forma mais palermoide possível. Mas por baixo dessas intervenções tresloucadas. Há uma crítica sólida, a alguns dos males da nossa sociedade.
Este texto mais cedo ou mais tarde iria ser feito. Porém surge, devido a uma nova investida dos nossos rapazes, que voltaram a fazer das suas.
Desta vez invadiram o treino da selecção nacional de futebol, provocando um frenesim autêntico.
Aqui fica a explicação e o registro fotográfico do acontecimento.
Mais abaixo temos o episódio bem bonito do caso Independente, que vale sempre a pena rever.






«Os Homens da Luta, o duo do programa "Vai Tudo Abaixo" (SIC Radical), interromperam, por breves instantes (hoje de manhã), a palestra inicial de Scolari no treino da Selecção Nacional.

As palavras de protesto de Jel e do seu comparsa:

"O futebol é o ópio do povo e o futebol é sempre contra a reacção!" (...) "Temos um seleccionador brasileiro com tão bons resultados, porque é que não temos também um primeiro-ministro estrangeiro?"»

Aqui a serem “detidos” por, supostos, seguranças da Federação Portuguesa de Futebol.

Em baixo fica a aventura insólita do duo dinâmico na Universidade Independente.




BB

GGP.Magazine nº4














O Governo das Filipinas poderá condecorar a equipa do Review pela exposição mediática que ofereceu ao que é considerado o melhor e mais emblemático actor deste País; Weng Weng!!














Com a exibição de Spider-man 1 e 2 a GGP.TV atingiu o seu recorde de audiência e um share de 0,001% , ficando logo atrás de Nha terra , Nha cretcheu.















No seguimento da noticia por nós avançada na edição anterior da prisão de Nihoko , a GGP.Magazine conseguiu mais uma vez o exclusivo da visita à prisão da equipa que produz o Review.
Já à saída tivemos oportunidade de falar com BB , que visivelmente emocionado nos fez uma declaração surpreendente:

GGP.M -> Podemos ver que sai daqui visivelmente emocionado!?
BB-> É verdade vir ao Quirgistão e poder distribuir um pouco de alegria e Kits do Benfica por esta gente é muito bonito e emocionante.
GGP.M-> Então e a visita ao vosso jovem e promissor actor Nihoko ? Como ele está?
BB-> Não tivemos tempo para isso!!


JR irado com a situação originada pelo seu colega, recusou-se a responder a algumas das nossas questões.







GG

A Queda de um Muro e a reunificação de um Povo Inteiro

Terceira Película

Chega assim ao fim, as crónicas de películas baseadas na queda do Muro de Berlim (9 de Novembro de 1989), ou sobre o regime da RDA e da Cortina de Ferro, que dividiu a Alemanha, a Europa e o mundo.
Termino com dois filmes algo diferentes, de “Adeus Lenine”e “A Vida dos Outros”.
Comecemos por uma deliciosa, preciosidade, que vi há muitos anos atrás. Durante a minha infância (VHS RULES). E que por sorte, tive a oportunidade de rever há uns tempos, no canal Hollywood.
Falo-vos de “Gotcha”, um filme de acção, aventura e comédia que ocorre durante o clima da Guerra-Fria, nos anos oitenta.
A história começa com dois jovens estudantes norte-americanos, que decidem passar umas férias na Europa.
Objectivo, conhecer culturas diferentes, tirar muitas fotografias, apanhar umas valentes pielas e preferencialmente, descobrir o lado feminino europeu.
Até aqui tudo bem. Apesar de continuarem na cultura ocidental, o choque da visão norte-americana, acaba por contrastar com a visão europeia da vida.
Esta situação é explorada pelo realizador Jeff Kanew (realizador de Revenge of the Nerds de 1985), que acaba por “colar”, ao longo do filme, algumas situações cómicas e absurdas, envolvendo o par de amigos.
Dando-lhe, aquele ar muito próprio, deste género de filmes americanos da década de 80. Talvez dai eu, ainda, achar uma piada a “Gotcha”.
O contraste, entre ambos os amigos, também dá uma singularidade á historia.
Um alto e moreno que engata miúdas bonitas e inocentes nas ruas de Paris. Dizendo-lhes que é “Carloooossss”, um terrorista procurado pela Interpol. Por aqui podemos ver a mística de “Gotcha”.
O outro, também alto, mas loiro, sossegado e acanhado. Porém será ele o protagonista do filme. Quando conhece numa casa de vinhos e de leitura em Paris, uma mulher esbelta, chamada Sasha (Uh La La isto promete), que acaba por engraçar com Jonathan, o nosso herói.
Contudo e após uma noite tórrida de amores, Sasha convida Jonathan, a deixar o amigo em Paris, e ir com ela uns dias a Alemanha Oriental. O jovem americano que perdera a virgindade em Paris. Vê-se numa embrulhada, ao aceitar o convite. Pois na RDA descobrirá que Sasha não é apenas uma mulher experimentada na vida. Mas também uma espia que se envolve com gente perigosa, pondo a vida em causa e a dos que a rodeiam.
Uma cena memorável (lembrei-me agora) sucede com Jonathan, quando aguarda no meio de uma das ruas da Alemanha Oriental, por Sasha. Nervoso e inquieto, apruma as suspeitas de um polícia da RDA, que o aborda. Quando lhe pergunta o que faz ali de manhã cedo, sozinho, aquela hora. Ele responde que está a ver as charcutarias da montra do talho que existe no centro da rua. Contado não tem piada, mas visto é de morrer a rir.
O “romance” lá prossegue, com Jonathan a fugir de espiões da RDA e termina nos EUA, onde descobre a verdadeira identidade de Sasha.
“Gotcha” é “must” de filme dos anos 80. Uma película que contém um pouco de tudo, desde acção, comédia, aventura, romance e um Happy Ending.
E há alturas em que filmes como este, assentam que nem uma fatia de bolo-rei, em pleno Natal.








Quarta película e o Capitulo Final

Concluímos com o deslumbrante “The Wall”, um álbum dos Pink Floyd ou um filme de Alan Parker?! E porque não, um dos expoentes máximos da cultura do Sec. XX?
Na verdade “The Wall” é uma ópera rock e um álbum conceptual dos “meus amigos” Pink Floyd.
Para sermos, integralmente, rigorosos, é uma espécie de registro, um pouco autobiográfico de Roger Waters (o baixista Floydiano) e Syd Barret (ler texto de Julho 2006 no Review).
A ideia surgiu-lhe durante uma digressão dos Pink Floyd, num concerto em que Roger Waters cuspiu na cara de um fã, que estava a ter um comportamento perturbador.
De imediato, repugnado com o acto que tinha cometido, surgiu-lhe a ideia de construir um muro entre si e o público, ideia essa desenvolvida mais tarde para a produção de "The Wall".
«O conceito do álbum, tal como a maioria das músicas, pertence a Roger Waters. A
história retrata em ficção a vida de um anti-herói ("Pink") que é martelado e espancado pela sociedade desde os primeiros dias da sua vida: sufocado pela mãe, oprimido na escola, ele constrói um muro em sua consciência para, estabelecer uma divisão entre ele e a sociedade. Refugiando-se num mundo de fantasia que criou para si.
Durante uma alucinação provocada pela droga, Pink transforma-se num ditador fascista apenas para que a sua consciência rebelde o ponha em tribunal, onde seu juiz interior ordena-lhe que mande abaixo o seu próprio muro e se abra para o mundo exterior.»
Devido ao sucesso global do álbum, Roger Waters viu aqui uma excelente oportunidade para prolongar o êxito da obra, levando-a para as telas de cinema.
A tarefa de passar “The Wall” para o cinema ficou a cargo do realizador Alan Parker.
Se o álbum foi dos mais vendidos de sempre e considerado, unanimemente, como um dos melhores de todos os tempos. O filme, apesar de Roger não ter gostado muito do trabalho final de Alan Parker. A verdade é que “The Wall”, o filme, se tornou num objecto de culto, intemporal.
Roger Waters perfilava-se para explanar a personagem de Pink, quando à última da hora, Bob Geldof ex-membro da Band Aid, foi o eleito para interpretar Pink. Diga-se de passagem, fazendo-o com enorme classe. Contudo Roger Waters teria uma oportunidade de encarnar a personagem Pink, num dos principais momentos celebrativos do Sec. XX.
«Waters levou ao palco um gigantesco espectáculo de "The Wall" em Berlim em 21 de Julho de 1990 com vários artistas convidados tais como: Van Morrison, Sinead O'Connor, Cyndi Lauper, The Scorpions, Jerry Hall, e Bryan Adams, para comemorar a queda do Muro de Berlim e para angariar fundos para o World War Memorial Fund for Disaster Relief.»
O espectáculo começava com uma estrutura megalómana em palco. Um muro erguido que dividia os artistas que cantavam e tocavam do outro lado do muro fictício. Enquanto o publica escutava e olhava do outro flanco. O deslumbramento acontece quando ao som da música “Another Brick In The Waall”, o muro, se desmorona como peças de Lego.
Este foi o concerto dos concertos de todos tempos. A apoteose correspondente á liberdade e à voz de um povo, que foi mais forte que a tirania e as injustiças de um regime decrépito e sem rosto. Igualmente como o “Big Brother”, chegava como a serpente de medusa a todos os sectores da sociedade.
Esqueceram-se foi da velha máxima: O Povo Unido jamais será vencido……….






BB